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Na rede, conflito entre policias na Defla recebe avalanche de críticas e internautas cobram explicação

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O conflito entre policiais militares e civis, na noite do último sábado, na Delegacia de Flagrantes, que o governo do Acre trata com um fato “isolado”, repercute nas redes sociais e é reprovado por internautas.

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Dezenas de policiais militares invadiram o local para resgatar o sargento James Wendel Caetano, que foi detido pelo delegado Leonardo Santa Bárbara por ter se recusado a realizar em um condutor supostamente alcoolizado o teste do bafômetro.  

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Um dia após o ocorrido, a Secretaria de Segurança Pública do Acre emitiu nota tratando o caso como “isolado”, mas para o advogado Ednei Muniz, não é de hoje que as duas instituições vivem um “clima de revanchismo”.  


“Fato isolado não é! Não é porque não é de hoje o clima de revanchismo que impera entre as duas polícias, sem que as autoridades envolvidas – em flagrante crise de liderança – apresentem indicativos que apontem no horizonte possibilidades de reversão do problema. A crise é muito mais de comando do que de indisciplina. O ocorrido na DEFLA exige do governo uma tomada de atitude firme, até para deixar bem claro como as coisas deveriam ser. O exemplo tem que vir de cima”, diz o advogado.


O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcos Vinicius Rodrigues, que no domingo através de nota cobrou apuração isenta e punição para os culpados, usou sua página no Facebook para dizer que “os Dirigentes de ambas as Instituições tem o dever de se manifestar sobre o ocorrido, demonstrando à população, de forma reta e franca, que o sistema de segurança pública do Estado do Acre não é, sobremaneira, o retrato do descalabro ocorrido nas dependências da Delegacia de Polícia desta Capital, muito menos refém dos Xerifes de plantão. Já nos é insuportável a insegurança das ruas”, completa.


Marcos Vinicius também disse que a OAB vem alertando há anos para casos de abuso de autoridade praticados por membros da Segurança e acrescentou que a invasão a delegacia é uma “tragédia anunciada”. “Não tenho como concordar e não concordo com a “Justiça pelas próprias mãos”, que tem sido defendida por setores da Polícia Militar acreana. Crimes devem ser apurados de acordo com a legislação vigente para cada caso. Mas o fato ocorrido, não há como negar, se trata de uma tragédia anunciada. E exatamente quando a população mais precisa e clama por segurança, surge a instabilidade (institucional?), desgarrada pela fissura entre personagens de um mesmo Sistema. O desrespeito à ordem constituída é inadmissível e, no caso, agravado pela responsabilidade daqueles que deveriam zelar pela disciplina e pela aplicação da Lei”, completa.


O cientista político Nilson Euclides destacou a inversão do papel dos policiais, que ao invés de promoverem a segurança da população brigam entre si.


“O inimigo é outro!!! Enquanto as polícias brigam entre si, a bandidagem deita e rola. Viva o Acre Viva o Brasil”, reforçou Euclides.


Em sua página no Facebook, o jornalista Altino Machado cobrou do governo uma “autocrítica”.  “O governador do Acre, os secretários de Segurança Pública e de Polícia Civil, além do comandante da Polícia Militar, deveriam fazer autocrítica diante da sociedade e buscar retratação pela lambança de seus subordinados na noite de sábado, na Delegacia Central de Flagrantes de Rio Branco. Não basta tratar o escândalo como um caso isolado, pois policiais militares e civis estão com queixas represadas pelo governo e a péssima relação institucional pode resultar em mortes. São duas polícias que no fim não formam um todo como a sociedade espera. Propositadamente, o governo divide ideologicamente praças e oficiais, agentes e delegados. E no fim, divide todos entre si. Desconsideremos, por ora, que os bandidos devem estar a comemorar a violência crescente no Acre e a “guerra” entre policiais civis e militares”, diz o jornalista.


O conflito entre os policiais também teve grande repercussão na mídia nacional, no Fantástico e no Bom Dia Brasil, da Rede Globo. A Folha de São Paulo também deu destaque para a invasão policial ao usar um vídeo veiculado em ac2horas.


 

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