Em 24 meses, ou seja, dois anos, o Ministério da Educação (MEC) observou a quantidade de estudantes que não retornavam às aulas no ano seguinte. Somente no Acre, segundo dados divulgados pelo órgão nesta segunda-feira, 09, a evasão sem justificativa chega à casa dos 11 mil desistentes. Agora, diante do alarmante dado, o MEC quer saber onde estão esses estudantes.
Lançado na última sexta-feira, 06, o Programa de Acolhimento, Permanência e Êxito (Pape): de Volta para Escola, uma parceria dos ministérios da Educação, da Saúde e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, tem como objetivo levar até 1,6 milhão de crianças e jovens de 4 a 17 anos de idade de volta às salas de aula. O Pape pretende reduzir a evasão escolar e ampliar as possibilidades de conclusão da educação básica.
Dados do Censo da Educação Básica, referentes a 2015, 1.665.333 estudantes dessa faixa etária matriculados em 2014 não renovaram as matrículas no ano seguinte. Entre os motivos estão mudanças, problemas de saúde, insatisfação escolar e trabalho infantil.
Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, houve um salto extraordinário nos anos iniciais, incluído o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb). “Nossa obrigação é fazer uma busca ativa e trazê-los de volta para a escola; nenhuma criança, nenhum jovem deve ficar para trás”, destacou.
O Pape vai fomentar o diálogo sobre os diferentes motivos que levam ao abandono escolar e a busca de soluções para o retorno dessas crianças, adolescentes e jovens ao processo educativo, de forma a possibilitar sua permanência e êxito na educação básica. O programa atuará em âmbitos nacional e local, com a participação de estados e municípios na elaboração e execução de seu plano de ações.