O Sindicato dos Técnicos e Agentes em Ações Socioeducativas do Acre (SINTASE) realizam na manhã de quinta-feira, 24, um protesto em frente ao prédio da Secretária de Direitos Humanos, em repúdio as afirmações do gestor da pasta, Nilson Mourão, que declarou em entrevistas as emissoras de TV local, que os sócioeducadores não possuem preparo para o trabalho que exercem e que estes possuem visão policialesca.
Em resposta as insinuações do petista Nilson Mourão, o presidente do Sintase, Beto Calixto foi enfático em suas afirmações. “Inicialmente, cabe-nos asseverar que este senhor Secretário fora colocado no cargo que exerce por estrita relação com o PT e não por notável conhecimento técnico das ações inerentes ao seu cargo. Ao contrário dos sócioeducadores que passaram por um concurso e treinamentos para exercer o cargo”.
Segundo Beto Calixto, o secretário Nilson Mourão estaria transferindo a culpa da morte de um menos na unidade sócioeducativa de Rio Branco, aos agentes sócioeducadores, além de atribuir aos servidores, às constantes fugas e motins de menores custodiados nos centros oportunizados pelo Estado.
Para o sindicalista, o secretário inverteu o que é previsto na legislação. “Estado é o único responsável pela má prestação dos serviços descritos nas suas declarações, sendo, portanto, o único e exclusivo culpado pelas constantes fugas e motins empreendidos pelos menores infratores. Talvez por total desconhecimento o secretário ainda não compreendeu que nos termos da lei em vigor os agentes sócioeducadores não possuem a incumbência de mudar o comportamento dos adolescentes custodiados, mas tão somente a guarda dos menores”.
Falta de estrutura dos centros sócioeducativos
O presidente do Sintase disse ainda, que as unidades que recebem os menores estão aquém das necessidades reais. Beto Calixto questiona o baixo contingente de agentes sócioeducadores, que de acordo com ele estaria previsto o ingresso de 328 para atender todo o Acre, mas até o momento, foram contratados apenas 200 – pela administração estadual.
O sindicalista questiona ainda, o número de psicólogas para atender os menores infratores. Segundo Calixto, apenas duas profissionais seriam responsáveis pelo atendimento dos menores, no Estado. Os centros sócioeducativos do Acre disponibilizam de sete assistentes sociais, quandro que segundo o sindicalista, não atende sequer a capital acriana.
Ray Melo, da redação de ac24horas – [email protected]