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“Imobiliária” foi instalada dentro da Secretaria de Habitação e Interesse Social

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Jairo Carioca


O que o investigador da Policia Civil do Estado do Acre, delegado Roberth de Alencar revelou na manhã de hoje (26) em entrevista coletiva, no auditório da Secretaria de Policia Civil foi a instalação de uma verdadeira “imobiliária” dentro da Secretaria de Habitação e Interesse Social. De acordo o delegado, era no banheiro da instituição onde eram feitos os pagamentos das casas do programa Minha Casa, Minha Vida que deveriam ser entregues às famílias de baixa renda, moradores de área de risco ou alagadas.


A prisão preventiva na manhã de hoje de três principais envolvidos no escândalo: Daniel Gomes e o colega dele de trabalho, Marcos Henrique Huck e a ex-servidora Rossandra Mara Melo de Lima é apenas mais uma fase da Operação Lares, Roberth não descarta a possibilidade dessa ação criminosa ter funcionado em anos anteriores.

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O esquema era tão ousado que os envolvidos falsificavam os endereços originais dos receptadores. A reportagem do ac24horas teve acesso as imagens de quem se beneficiou da ousada operação.


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Para entender o caso – A fraude começava fora da sede da Sehab, segundo a PC, na Zona de Atendimento Prioritário (ZAP) do bairro Sobral, onde Cícera Dantas da Silva e Gerseane Silva de Oliveira preparavam os processos de contemplação. Além da criação do núcleo de congelamento (endereço) a renda informada também era falsificada.


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“Um professor, por exemplo, informava renda de R$ 300, um servidor público do município, com SEC, também dizia que ganhava R$ 300 e como o processo não tinha comprovante de rendimento, passava” explicou o delegado.


A suposta quadrilha contava então com os “corretores”: Maria Auxiliadora Melo de Lima e Rossandra Mara Melo de Lima. A primeira, amiga de Clelda Maia, efetuava a venda direta de contemplação de casas com a ajuda de seus filhos. A segunda, empresária e filha de Maria Auxiliadora.


Cleuda Maria de Melo Maia é ex-servidora da Sehab e está lotada atualmente na Junta Comercial do Estado. Era quem efetivava diretamente a venda de contemplações.


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Na cozinha da Secretaria de Habitação – Todo esse processo que funcionava fora da sede da Secretaria, terminava na antessala do secretário Jamyl Asfury, onde trabalhavam o diretor executivo, Daniel Gomes de Araújo e o diretor técnico Marcos Henrique Huck. Homens de total confiança do atual secretário.


Até o momento, segundo as investigações, existiram 60 direcionamentos. 40 deles concretizados. O pagamento, segundo o Delegado Roberth, era feito no banheiro da secretaria de habitação social, alguns, diretamente para Cícera Dantas.


Receptadores – Sem nenhuma preocupação, os contemplados investiam entre R$ 25 mil e R$ 30 mil. Todos identificados até o momento, são amigos ou conhecidos dos investigados. A reportagem teve acesso autorizado pela PC as fotos dos amigos receptadores. Seus nomes não foram divulgados.


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Entre os beneficiados do esquema tem um agente penitenciário, um cunhado e até a Babá do filho de Marcos Huck. Daniel Gomes, outra peça chave do esquema, beneficiou a mãe de um filho seu. Cleuda Maia, a companheira e Cícera Dantas, uma amiga particular.


Um inquérito paralelo foi aberto pela Policia Civil para chegar até os receptadores que serão punidos de acordo com a lei. A terceira fase da operação quer identificar outros membros da operação criminosa e demais beneficiados.


Em entrevista coletiva o secretário Jamyl Asfury afirma que cortou na própria carne para, segundo ele, “acabar definitivamente com a venda de casas populares no governo”.


 


 


 


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