Desde a segunda-feira, 11, dia em que o relatório favorável à abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff foi aprovado na Comissão Especial que avalia o caso, o clima de comoção social e de tensão em torno da discussão tem causado mudanças na rotina dos funcionários e visitantes assíduos da Casa Legislativa, e da Esplanada dos Ministérios.
Temendo uma confusão generalizada durante este domingo, 17, a Secretaria da Segurança Pública do Distrito Federal colocou em vigor uma série de medidas para evitar confrontos. Em destaque, a mais curiosa: a separação dos manifestantes por cercas e placas de aço alocadas no gramado central da Esplanada. E isso não é tudo: mais de 5 mil homens estarão de prontidão nas proximidades. Tudo para manter a ordem.
Em parte do gramado, grupos contrários à Rousseff instalaram o placar do Impeachment com fotos de deputados que são contra e a favor da destituição, informou o El País. Nas redondezas também há dois acampamentos, um ao lado do Supremo Tribunal Federal, com mensagens de apoio ao juiz Sergio Moro, da Lava Jato, e outro em frente ao Teatro Nacional, com integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), este contra o impeachment.
Faltando poucas horas para o início de uma das votações mais importantes da democracia brasileira, a presidente Dilma mantém articulações no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República (PR). Ele, desde a sexta-feira, 15, prefere reunir-se com ministros e políticos que ajudam na articulação. O governador do Acre, Sebastião Viana, foi um dos que participou de conversas com Dilma, no sábado.