O pequeno Davi Campos de Souza, de dois meses, morreu na Unidade de Terapia intensiva (UTI) do Hospital da Criança de Goiás. O menino, que estava internado na Maternidade Bárbara Heliodora, esperou por mais de dois meses pela transferência via Tratamento Fora de Domicílio (TFD), da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). Os pais da criança estão desolados.
“Meu filho foi diagnosticado com três dias de vida, e a gente esperou dois meses e dois dias para que o governo fizesse a transferência do meu filho. Como que houve atenção com o meu filho? Dois meses de espera é algo digno? Não é! Acho que se tivessem o levado antes as chances seriam certamente maiores”, disse Rodrigo Souza, pai do menino.
No início de abril, após pedido do governo do Acre à Força Aérea Brasileira (FAB), foi possível que o bebê Davi fosse transferido da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal da Maternidade Bárbara Heliodora, via UTI aérea, para Goiânia (GO), onde esteve internado até o dia em que morreu. Davi, que fora diagnosticado com cardiopatia, estava num estado de saúde bastante delicado.
“O governo nunca pagou a ajuda de custo que a gente tem direito de receber. Além disso, a gente não teve ajuda nem de casa de apoio lá em Goiânia. A gente ligava para o Moisés, da Regulação da Sesacre, lá do TFD, e ele era só enrolação. A gente nunca recebeu nenhum apoio. O que veio agora foi a urna, que o governo pagou, e as passagens de volta, que também se não dessem seria o cúmulo, mas a ajuda de custo nunca deram”, denuncia o pais do bebê.
Segundo a Secretaria de Saúde, quando hospitalizado em Rio Branco (AC), “a gestão da Sesacre não mediu esforços para garantir a vida do paciente”, tanto que viabilizou, inclusive, “a transferência para o tratamento numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea pertencente a Força Aérea Brasileia (FAB)”. Contudo, em Nota, a Sesacre não comentou o tempo de espera a que a criança precisou ser submetida: dois meses e dois dias.