O estado do Acre é terceiro do País em número de mortes de crianças, da zona rural, menores de um ano de idade, representado 12,6% de mortes do total da população. Amazonas (16%) e Amapá (15%) são os primeiros colocados. Pará (11,1%) e Maranhão (10,2) fecham o ciclo dos únicos que apresentaram percentuais acima de 10%.
Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados nesta quarta-feira (16) com os resultados definitivos do Censo Demográfico 2010 que identificaram cerca de 35 mil óbitos de menores de 1 ano entre agosto de 2009 e julho de 2010. A Região Norte é a que registra o maior número de casos de mortes de crianças com menos de 1 ano.
“A grande vantagem desses novos dados é que teremos boas informações onde geralmente elas são ruins, que são nas regiões Norte e Nordeste e poderemos construir tábuas de mortalidade para as áreas rurais e urbanas e, conseqüentemente, fazer projeções de população para essas áreas e realizar políticas públicas efetivas”, concluiu Fernando Albuquerque, gerente de Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE.
O número de mortes de menores de 1 ano no país é maior do que o registrado pelas autoridades, sobretudo nas regiões com menor desenvolvimento socioeconômico. Nas regiões Norte, Nordeste e no semiárido, áreas que registram alta fecundidade, porém maior mortalidade infantil, muitos bebês nascem e morrem sem qualquer registro civil.
Essa foi a primeira vez que o Censo introduziu no questionário a pergunta sobre mortes de pessoas que haviam residido nas casas para comparar as estatísticas do registro civil e as estatísticas do Ministério da Saúde. Em 2010, essa pergunta foi feita em todos os domicílios, diferentemente de anos anteriores quando era feita apenas por amostragem.
Edmilson Alves, de Rio Branco-Ac
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Redação de ac24horas
