Após reunião com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, o governador do Acre, Sebastião Viana, reiterou hoje (17) que é fundamental o apoio do governo federal e dos órgãos públicos em uma força-tarefa. O governador disse ainda que “sozinhos” os acrianos “não têm como conduzir” a questão da chegada de imigrantes à região – sejam eles, haitianos, ou de qualquer outra origem.
Patriota ressaltou que o ministério se dispõe a colaborar nos contatos com os países vizinhos – Bolívia, Peru e Equador – em busca de soluções negociadas para a questão envolvendo as áreas fronteiriças. “[Agora] as notícias são tranquilizadoras”, ressaltou o chanceler, lembrando que o contato com as autoridades estrangeiras é constante. “Mas isso não nos exime de tomar [mais] atitudes.”
Durante a reunião, que durou cerca de meia hora, Sebasrião a se disse ainda preocupado, pois o Acre é porta de entrada não só de imigrantes, muitas vezes ilegais, como também área usada para o tráfico de drogas. “Expressei a nossa preocupação, pois o Acre é uma área vulnerável”, disse. “Sozinho [o governo estadual] não tem competência para conduzir [esses temas]”, acrescentou.
Segundo Viana, após a atuação das várias frentes de trabalho da força-tarefa do governo federal, a situação no Acre melhorou. “O Acre está tranquilo e a situação melhorou”, destacou. “Há uma sensação [geral] de tranquilidade”, disse. Na reunião com Patriota, o governador se disse mais seguro com os efeitos da ação conjunta e apelou para que o Itamaraty mantenha a presença constante na região fronteiriça.
O governador passa parte do dia de hoje em Brasília em reuniões políticas. Pela manhã, ele participa de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara para tratar especificamente do caso dos haitianos. Nos últimos dias, o assunto tomou conta do noticiário devido ao aumento no número de imigrantes chegando ao Brasil.
Sebastião revelou que mais de 5,5 mil imigrantes haitianos entraram, por intermédio do Acre, ao país. Segundo ele, a preocupação não se limita apenas aos haitianos, mas também a cidadãos que vêm de países africanos para o Brasil. De acordo com o governador, é necessário pensar em estratégias que vão além de abrigar os estrangeiros, mas também dar assistência global – alimentação, saúde e educação -, assim como regularizar a situação dos estrangeiros e dar condições de trabalho.
Com informações da Agência Brasil