No mesmo dia da manifestação que reuniu milhares de pessoas no Distrito Federal e nos 26 estados do país, a presidente Dilma Rousseff recebeu neste domingo (13), no Palácio da Alvorada, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, e o ministro da Defesa, Aldo Rebelo.
As autoridades foram vistas ingressando na residência oficial da presidente da República, a partir das 15h, assim como a deputada Luciana Santos (PCdoB-PE).
A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto não soube informar o que foi discutido com os ministros e com a deputada. Se limitou a dizer que não tem informação sobre quais pessoas estariam com Dilma Rousseff e nem qual a razão para a presidente recebê-las.
Mais cedo, neste domingo, Dilma Rousseff divulgou nota na qual aponta violência “intolerável” contrra a sede da União Nacional dos Estudantes (UNE) em São Paulo e cobra apuração pelo governo paulista de uma ação de policiiais militares na subsede de Diadema do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Ambos os episódios ocorrreram neste sábado (12).
Manifestações
As manifestações deste domingo foram contra a presidente Dilma Rousseff e contra ex-presidente Lula. A estimativa do total de manifestantes ainda não foi divulgada.
Também foram realizados protestos de apoio ao governo Dilma, a Lula e ao PT. Recife (PE), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), São Bernardo do Campo (SP), Vitória (ES), Monte Claros e Coronel Fabriciano (MG) tiveram atos a favor do governo petista.
As manifestações foram pacíficas, com poucos incidentes isolados em algumas cidades. Grande parte dos manifestantes vestia verde e amarelo e levava cartazes contra a corrupção, o governo federal e o PT.
Além de pedirem a saída de Dilma, várias pessoas protestaram contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e lembraram que, na semana passada, o Ministério Público de São Paulo pediu a prisão preventiva do líder petista.
Outro nome citado nos atos, mas de maneira positiva, foi o do juiz da Operação Lava Jato. Sérgio Moro foi exaltado em faixas em diversas cidades brasileiras.
Segundo parcial do Datafolha, protesto na Avenida Paulista reuniu 450 mil pessoas, em contagem feita às 16h. O número fechado ainda não foi divulgado, uma vez que o protesto continua. O maior ato da história em SP reuniu 400 mil nas Diretas Já (1984) e o maior anti-Dilma teve 210 mil pessoas em março de 2015, de acordo com o instituto.