O pequeno Davi Gabriel Ferraz, de apenas dois anos, que tem apresentado problemas cardíacos e pulmonares, vai viajar para a capital do estado de Pernambuco, Recife, que fica no Nordeste brasileiro. A confirmação foi dada na noite desta terça-feira, dia 08. Davi, que é portador da Síndrome de Down.
O portal noticiou, no último sábado, dia 05, que a criança aguardava desde janeiro deste ano por uma posição do setor de Tratamento Fora de Domicílio (TFD), da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), que tinha o processo dele correndo de forma bastante demorada.
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Com a repercussão do caso, o secretário de Saúde, Gemil de Abreu Júnior, garantiu, ainda no sábado, que iria se informar sobre o caso de Davi e que, além desse, todos os demais pedidos de TFD, amontoados no setor, teriam, de alguma forma, retorno célere por parte da instituição. E assim o foi.
“Desde que tomamos conhecimento, trabalhamos para que o nosso Complexo Regulador priorizasse o caso, visto o risco de morte da criança. Nossas equipes se reuniram e eu pedi que todos os contatos fossem feitos, por telefone, para que achássemos uma vaga. Conseguimos agendamento em Recife, no Real Português, e é para lá que vamos manda-lo. Já mandei emitirem as passagens, com urgência”, contou o gestor.
Ao saberem da notícia, os familiares de Davi se emocionaram e comemoraram a transferência da criança para a capital pernambucana. “É o agir de Deus. Nós confiamos e Deus fez acontecer. Várias pessoas procuraram, mas resolvemos esperar o tempo de Deus. Estou emocionada aqui, de verdade, porque eu creio que meu filho vai voltar curado, bem, e saudável. Essa espera terá um sabor de mel, eu tenho certeza”, disse a mãe, Renata Ferreira.
DIFICULDADE
A cirurgia que Davi precisa não é realizada em Rio Branco (AC) e sem condições de viajar por conta própria, os pais da criança recorreram ao Tratamento Fora de Domicílio, que mesmo com um pedido regado à extrema urgência, não conseguia viabilizar o atendimento do menor em Goiânia (GO), para onde já havia uma autorização de translado.
PREOCUPAÇÃO
Alexandre Roan, o pai de Davi, contou que o filho teve esse problema de saúde diagnosticado logo após nascer, e com o passar dos meses, tem sido acompanhado por um especialista, no Hospital das Clínicas, em Rio Branco, mas agora o caso teria chegado ao limite. “Ele pode não viver mais por muito tempo. O médico disse que a cirurgia é arriscada e ele pode nem voltar vivo mais. A cirurgia já está atrasada há seis meses. Eles [o pessoal do TFD] só diz que precisamos esperar”, denunciou ao portal, ainda em fevereiro.