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STF julga hoje sistema de apreciação de vetos pelo Legislativo

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O Supremo Tribunal Federal (STF) deve definir hoje (27) o método de apreciação dos vetos presidenciais pelo Congresso Nacional – se cabe ao Judiciário interferir nessa questão. Está na pauta da tarde o mandado de segurança em que o ministro Luiz Fux determinou a apreciação de 3 mil vetos em ordem cronológica, criando um impasse político que já dura meses.


No fim do ano passado, parlamentares dos estados produtores de petróleo acionaram o Supremo depois que o Congresso decidiu apreciar, em regime de urgência, os vetos da presidenta Dilma Rousseff à nova Lei dos Royalties do petróleo. Os vetos contrariavam interesses majoritários no Parlamento, mantendo as regras atuais de distribuição para os estados produtores.


A liminar de Fux atendeu ao mandado de segurança de autoria do deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ). Embora a decisão tenha tratado apenas sobre vetos, parte dos parlamentares e o Executivo entenderam que a liminar deveria suspender toda a pauta do Congresso, inclusive a votação do Orçamento da União de 2013.

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Um artigo da Constituição determina que todos os vetos presidenciais precisam ser analisados pelo Legislativo no prazo de 30 dias, sob pena de trancamento da pauta, o que nunca foi seguido. Não há referência explícita, no entanto, à necessidade de apreciação em ordem cronológica estabelecida por Fux.


Em ofício encaminhado ao STF no dia 14 de fevereiro, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que a solução encontrada pelo ministro iria causar um “colapso institucional” no Legislativo. Segundo a AGU, caso a decisão seja mantida, haverá prejuízo estimado de R$ 470 bilhões aos cofres públicos, além de trancamento da pauta do Congresso pelos próximos três anos.


A União pede que o STF reconsidere a decisão de Fux, colocando a ordem cronológica apenas para os vetos que ainda estão dentro do prazo de validade, ou seja, que foram editados nos últimos 30 dias. O STF terá que decidir se isso é possível, além de averiguar se a data de referência é a de entrada do mandado de segurança (dezembro do ano passado) ou de apreciação do assunto pelo plenário.


Em movimento oposto à AGU, parlamentares dos estados produtores e da oposição também procuraram ministros do Supremo e entregaram memoriais para defender a liminar de Fux. Os parlamentares argumentam que o Congresso Nacional não pode votar apenas o que tem interesse, contrariando a legislação em vigor e passando por cima do interesse de minorias.


Agência Brasil


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