Pode faltar medicamento, leito ou até lençóis aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no Acre, mas comida vai ter de sobra. Pelo menos é o que mostra o registro de preço 002-2016 da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), assinado no início de janeiro, pelo secretário adjunto de Administração e Finanças, Kleyber Guimarães.
Ao todo, o órgão poderá desembolsar nada mais na menos que R$ 573.514,20, para comprar o que, no período do contrato, pode chegar a quase 29 mil quentinhas.
Segundo o Diário Oficial do Estado (DOE), que traz nesta quinta-feira, 21, a publicação do registro de preço, o intuito da Sesacre é abastecer e manter a alimentação dos usuários que utilizam os serviços nos Hospitais do Vale do Juruá, no horário de almoço.
Especificamente, os pacientes da rede pública vão comer marmitas que custarão aos cofres públicos, cada uma, a quantia de R$ 19,79, todas produzidas pela empresa José Sérgio de Araújo Correia – ME, representada, no ato de apresentação dos preços, por Roberto Bezerra de Souza.
Procurada, a Sesacre afirmou que o elevado preço das marmitas é consequência da obrigatoriedade de manutenção de um profissional da área de nutrição no quadro de funcionários da empresa, além dos gastos com a logística no processo de entrega das refeições e, ainda, do custo para prover o acondicionamento das marmitas. A pasta também destacou os altos preços dos produtos alimentícios comercializados no Vale do Juruá.