Ray Melo,
da redação de ac24horas
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O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindap), Adriano Marques anunciou na manhã desta quarta-feira, 30, a paralisação de 70% da categoria. O movimento seria para homenagear os mais de dois mil agentes mortos nos últimos dois anos, no Brasil.
“Na escala normal, são destacados dois agentes para vigiar um pavilhão com até 260 presos. Com a paralisação, a segurança não foi comprometida, pois todos os servidores compareceram ao serviço e estão revezando para respeitar os 30% previstos na lei de greve” diz Marques.
Segundo o sindicalista, o Governo do Acre enviou policiais militares para reforçar a segurança e realizar o serviço de visita, no complexo penitenciário de Rio Branco. “Todas as unidades prisionais aderiram à paralisação, no sábado, 26”, desta o presidente do Sindap.
“Aderimos ao movimento nacional, para homenagear os mais de dois mil agentes mortos nos últimos dez anos, entre eles estão o sócio-fundador do sindap Roney Barbosa Vidal, morto na saída do serviço sem ter uma arma para se defender”, enfatiza Adriano Marques.
Os agentes penitenciários se organizam ainda, para derrubar o veto presidencial ao Projeto de Lei 087/011, que visa regulamentar em âmbito nacional o porte da categoria. “No Brasil, 22 estados aprovaram o porte dentro de seus limites territoriais”, informa Marques.
A tese defendida pelo sindicalista acreano e que na ausência de norma federal, o Estado tem competência para legislar por se tratar de direito penitenciário (art. 24, I da CF).
