PM com apenas seis carros, dois são alugados; e R$ 2 mil
para manutenção da estrutura da atividade policial
Luciano Tavares, de Cruzeiro do Sul – AC
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O ano de 2012 não foi “o ano da segurança pública” como prometeu o governador Sebastião Viana, e o povo do Acre espera que em 2013 a segurança tenha uma atenção maior do governo.
Em especial o povo do interior, como o do Juruá, onde a Polícia Militar só ainda não parou suas atividades pela boa vontade da corporação.
A razão: as mínimas condições oferecidas pelo governo para o trabalho.
Para se ter uma idéia, para atender uma população de 80 mil pessoas, espalhadas em 28 bairros e seis vilas, a PM conta com apenas seis carros, e dois são alugados.
Isso sem falar no reduzido efetivo de 220 homens e um fundo financeiro mensal de R$ 2 mil reais, repassados pelo governo do estado, para manter a estrutura de trabalho da instituição na segunda maior cidade do Acre.
Os dados foram repassados pelo próprio comandante da PM em Cruzeiro do Sul, Major Alves, ao ac24horas, na manhã desta quarta-feira, 02.
Sem esconder os números, o comandante revelou ainda que são 14 viaturas para atender todos os municípios do Juruá. Além de um efetivo de 286 homens. Em toda a região são mais de 120 mil habitantes.
Ao ser perguntado se era o suficiente para manter a segurança, o major disse que “não, mas dá para trabalhar”. “Infelizmente não é o ideal, mas dá para trabalhar. Tem uma previsão de agora no dia 16 a gente receber três viaturas novas”.
A falta de estrutura para o trabalho é uma reclamação constante entre a corporação. “Tem muito carro quebrado, com defeito. A ranger que faz o serviço na estrada já quebrou e a gente teve que substituir. A coisa não ta muito boa assim como tão dizendo, não”, disse um Policial Militar abordado por nossa reportagem na sede do 6º Batalhão.
Na oficina do batalhão alguns veículos, como uma caminhonete ranger e um mini caminhão furgão, que poderiam estar na rua ajudando o policiamento ostensivo estão quebrados há dias e esperam por manutenção.
“Quando tem uma peça para comprar a gente pede para o comando em Rio Branco. E a gente espera para consertar quando chega a peça”, explica o comandante.