O deputado Jamil Asfury (PEN) é um político eclético, comentavam ontem seus colegas. No intervalo da sessão da Aleac, nas rodas que se formavam davam exemplo do seu ecletismo. Um dos comentários ouvidos era que, tinha saído da sessão desolado, com raiva. E que segundo essa língua ferina, ele deu títulos de Cidadão Acreano ao prefeito eleito Marcus Alexandre, de Cidadã Acreana à esposa do Marcus, e só não deu títulos à mãe e ao pai do Marcus Alexandre, por ter perdido os nomes na hora da apresentação. E segundo essa mesma língua de metralhadora, foi contido a tempo para não apresentar um título de Cidadão Acreano ao Tião Viana, ao ser lembrado que o governador é acreano. Pensava que ele era paraense. Eu, como não tenho baú, escuto os comentários e passo em frente. Mas, liga não Jamil, o ciúme faz parte da política, relaxa, se você for ligar tem que procurar outro afazer.
Basta de hipocrisias
Cessem as hipocrisias e o juridiquês! Manter o “segredo de justiça” da Operação Delivery é uma discussão hipócrita. A cidade quase toda (a imprensa nem se fala) conhece a peça da Denúncia do MP e os nomes dos denunciados. É o tipo do segredo em terra de muro baixo.
Nem uma freira
Só que para ser sincero é também se preciso dizer que não existe um caso de pedofilia apurado na Operação Delivery. Outro ponto, também: não existe uma freira tirada do convento que foi levada ao motel. E nenhuma menina incauta, pudica, inocente nessa história. Como a lei protege quem tem 17 anos, aí quem saiu com elas acabou sendo penalizado. E há casos e casos que devem ser diferenciados nas abordagens pela imprensa quando cessar o “segredo de justiça”.
Que conversa é essa?
É que conversa é essa de “Notas” querendo regular o que deve ou não deve ser publicado pela imprensa? Nós vivemos num Estado de Direito, onde não comporta mais haver censura.
Não aceito
Da minha parte, não aceito qualquer ação de entidade para dizer o que eu posso publicar.
Mensalão não haveria
Dentro da tese defendida por alguns advogados e defensores públicos a imprensa não teria denunciado o Mensalão, e seus integrantes ainda estariam hoje dando as cartas na política.
E que segredo é esse?
E chegam ser cômicas essas defesas do “segredo de justiça”, se três dos denunciados já foram presos e deram até entrevistas. Por isso estou com a tese do desembargador Arquelau Melo.
Pau nos gays
Os deputados Werles Rocha (PSDB) e Jonas Lima (PT) se uniram ontem para protestar contra o fato de uma menor de 13 anos sair na Parada Gay com os seios de fora afrontando as famílias.
Cobranças distintas
Rocha lamentou a ausência dos órgãos públicos que protegem crianças e adolescentes e Jonas protestou por a manifestação dos homossexuais ser patrocinada com dinheiro do governo.
Esqueceu rápido
O vereador Alonso Andrade (PSDB) foi estrela nos programas de TV do PT acusado de bater num deficiente físico. Esqueceu rápido. Compôs com o PT na eleição da Câmara Municipal.
Ainda vai aprender
A noviça vereadora Eliane Sinhazique (PMDB) se diz surpresa por a oposição não se unir na eleição da Câmara Municipal. Tem de aprender muito! Desde quando a oposição foi unida?
Não viu nada
Surpresa ela vai ficar quando for fazer oposição para valer ao prefeito Marcus Alexandre, olhar ao lado, e descobrir que está falando só nas cobranças. Oposição afinada, isso é sonho, delírio!
Carne e unha
De adversários na campanha o deputado Gilberto Diniz (PTdoB) e o prefeito eleito de Sena, Mano Rufino (PR), viraram carne e unha. Em cada dez palavras, nove são de elogios ao Mano.
Gavetas limpas
Na próxima semana começa o recesso parlamentar na Aleac. Se não foi um período legislativo excepcional, pelo menos não foi dos piores. Foi positivo pelo livre debate, sem cerceamento.
Falta de assunto
Saiu essa semana uma matéria mal apurada e que, no jornalismo se chama de “comida azeda requentada”, sobre a conta Flávio Nogueira ,como se novo fosse um fato ocorrido há décadas.
Nem indiciado
E se os autores tivessem apurado veriam que o Flaviano Melo nem chegou a ser indiciado.
Como se encontra
Começa tomar corpo na Aleac uma corrente que defende que, na eleição para uma nova legislatura seja mantida a atual composição e na qual, todos partidos estão representados.
Enganada redondamente
Um dos vereadores eleitos e cujo nome está na denúncia do MP sobre a Operação Delivery, está apostando que poderá escapar com a sua diplomação. Engana-se com a cor da chita.
Nem licença
Mesmo como vereador no cargo, a justiça nem precisa pedir licença à Câmara Municipal para processá-lo, caso o Juiz do caso venha aceitar a Denúncia do MP, isso é ponto pacífico.
Bela administração
O presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, vereador Juracy Nogueira (PP), fez uma bela administração. Tirou a Câmara do fundo poço, moralizou, pagou em dias funcionários e fornecedores e dele não se conhece um deslize na condução daquele Poder. Com certeza, o Juracy ficará nos anais como um dos melhores gestores que já passou por aquela Casa.
Por Luis Carlos Moreira Jorge