Pelo Twitter, nesta terça-feira (25), o secretário de Comunicação do Estado, o jornalista Leonildo Rosas, classificou a atitude do Ministério Público Federal (MPF/AC) de querer investigar o anúncio da construção do chamado “Parque Gospel” como “barrigada” – termo usual no meio jornalístico para definir “erro de notícias”, geralmente matérias com pouca ou nenhuma apuração de fatos que induzem a equívocos.
“Vai investigar o que não existe”… … “Desde quando se investiga anúncio? Risível”, disse o secretário.
O MPF instaurou ontem inquérito civil para apurar se haveria regularidade para construção – com recursos públicos – de um parque de entretenimento para atender uma única corrente religiosa em uma nação cuja multiplicidade de expressão de fé é extensa e com a Carta Magna do país estabelecendo tratamento igualitário dispensado pelo Estado para as todas as crenças distintas.
Apesar de o secretário de Estado entender que o MPF não deferia fiscalizar “anúncio” de uma obra inexistente. A posição do órgão de defesa pública em antecipar-se a medida, pode evitar equívocos inconstitucionais e contribuir para que os pagadores de impostos não sejam penalizados com a utilização desses recursos públicos anunciados que poderiam ser utilizados para atenuar índices de pobreza que afligem o Acre.
Durante o Governo de Binho Marques (PT), o Estado utilizou verbas públicas na construção de uma torre para Igreja Católica local. Historicamente, lideranças dessa corrente religiosa estiveram ligadas ao PT. Mas com o crescimento no número de evangélicos no Estado, inclusive, com a adesão de figuras famosas como a ex-senadora Marina Silva, hoje protestante, o partido do governo começa a focar políticas visando atrair os novos devotos da corrente de evangélicos que cresce dia após dia.
O jornalista Altino Machado questionou o secretário se o governo teria anunciado o “Parque Gospel”sem a intenção de construí-lo, mas ficou sem resposta.
Edmilson Alves, de Rio Branco-Ac
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Redação de ac24horas