Equilíbrio em tempos difíceis
Administrar com o cofre cheio é muito fácil. É na crise econômica que se mede a capacidade do administrador. Enquanto em muitos Estados o pagamento dos servidores atrasa e é dividido em parcelas, no Acre, o governador Tião Viana vem navegando bem na maré de recessão pela qual passa o Brasil, mantendo alguns investimentos e pagando em dias a folha salarial. Tivesse aberto a sua gestão às facilidades, aos pedidos de reajuste salarial, o Acre estaria quebrado como o Rio Grande do sul e tantos outros. Conseguir o equilíbrio fiscal em pleno período recessivo chega ser exemplar. É muito melhor ter os salários atuais pagos ao final de cada mês do que ganhar um aumento e não ter como receber, como aconteceu com outros governadores acreanos. E na gestão pública não tem milagre: não se pode gastar mais do que se arrecada.
30 dias para dizer “não”?
O deputado federal César Messias (PSB) pediu 30 dias para decidir se aceitará ou não o pedido dos dirigentes da FPA para disputar a prefeitura de Cruzeiro do Sul. Pessoas muito próximas do parlamentar revelaram ontem à coluna que deverá recusar o convite.
Pastel de vento
A empresa madeireira portuguesa Agrocortex e pastel de vento para a economia do Estado é a mesma coisa, porque o ICMS não incide sobre as suas atividades. Pela primeira vez um português se dá bem numa história: vão derrubar metade de Manuel Urbano e encher o bolso.
Avaliaram e não se filiarão
O ex-presidente do PSDC, José Afonso, e o ex-vice-presidente Osmir Lima, não vão mais se filiar no PTB. Avaliaram e acham que não vale a pena entrar sem ficar em cargo de destaque.
Como poucos
Dentro dos chamados “partidos nanicos” não conheço ninguém que articule a formação de uma chapa para disputar eleição de que o Julinho Zuza (PRP) e José Afonso (ex-PSDC), as chapas que montam sempre elegem vereadores e deputados estaduais. É ponto pacífico.
Não tinha outro nome
A decisão do PT em lançar Marcos Fernandes (PT) para disputar a eleição de prefeito de Epitaciolândia foi por falta de outro nome melhor. A sua votação sempre foi muito boa quando disputou a prefeitura do município. Perdeu por pouco do prefeito da André Hassem (PP).
Não cante de galo!
Falando no prefeito de Epitaciolândia, André Hassem (PP), ele não cante de galo antes da urna abrir como está fazendo: as demissões que efetuou e o desgaste natural de dois mandatos, sempre pesam contra, quando se tenta a reeleição. Portanto, devagar com o andor.
Avalie bem e reavalie
Das duas vagas para o Senado em 2018, uma delas deve ficar com a oposição. A não ser que dê uma zebra grande. O deputado Ney Amorim (PT) não se entusiasme com a corda que vem recebendo; a outra vaga, dificilmente, não deixará de ficar com o senador Jorge Viana (PT).
Satélite petista
O PSL virou uma espécie de satélite do PT, que está mandando candidatos a vereador que não quer abrigar em seus quadros, para inflar as chapas do aliado. O PSL hoje é apenas cartorial.
Volta garantida
Caso a ex-deputada Antonia Sales (PMDB) não tivesse pegado corda para ser candidata à vice na chapa ao governo do Márcio Bittar (PSDB), teria voltado entre as mais votadas para a Aleac. Continua trabalhando e com certeza se elegerá em 2018, para mais um mandato na Aleac.
Sem reajuste salarial
A presidente do SINTEAC, Rosana Nascimento, acena com a não reabertura do ano letivo se o governo não atender a categoria com 25% de reajuste salarial. O governo não dará um centavo. E por um transparente motivo: não há dinheiro em caixa para suportar o aumento.
Aumento para ninguém
A não concessão de aumento salarial pelo governo estadual não atingirá só os professores, nenhuma categoria funcional do Estado terá reajuste dos salários em 2016. É o preço da crise.
Apostam na divisão
A cúpula do PT crê que com o fato da oposição lançar a prefeito de Cruzeiro do Sul dois nomes fortes, os ex-deputados federais Iderley Cordeiro (PMDB) e Henrique Afonso (PSDB), pode facilitar para a candidatura da FPA. Em tese sim. Desde que o candidato da FPA não seja um Zé das Couves.
Rifado e confirmado
A coluna teve ontem a confirmação por uma boa fonte: o vereador Manoel Macedo (PSDB) foi rifado mesmo e o engenheiro Jorge Catalão (PP) será o candidato do prefeito James Gomes (PP) à sua sucessão. Para quem conhece bem o município, é como tirar leite de pedra.
Professor Camilo
É o nome que o PCdoB pretende lançar para disputar a prefeitura de Plácido de Castro. Se o ex-prefeito Paulinho Almeida (PT) não conseguir se livrar de algumas pendências jurídicas e não puder ser candidato a prefeito, a tendência petista é apoiar o professor Camilo (PCdoB).
Teremos diversão
A ex-deputada federal Antonia Lúcia (PSC) tenta convencer o Doctor Rey (PEN) sair como candidato a vereador ou a prefeito de Rio Branco. Nos dois casos é diversão certa na campanha.
Relacionamento por cima
O Pastor da IBB, Agostinho Gonçalves, é do meio evangélico quem melhor se relaciona com a imprensa que cobre a política. Aceita críticas e leva tudo na esportividade. Ontem, deu um café da manhã aos jornalistas, que acabou num salutar bate-papo.
Não vai recuar
Político de Sena Madureira que sempre conversa com o deputado Gherlen Diniz (PP) acha difícil que seja convencido a apoiar a candidatura de Toinha Vieira (PSDB) à prefeitura. E por um motivo passional: “acha que a Toinha é uma política que vive só do nome, decaiu”.
Convite em aberto
O ex-deputado Gilberto Diniz (PTdoB) está com convite em aberto para ser o candidato a vice na chapa da tucana Toinha Vieira. Seu partido tem dois vereadores. Não se decidiu ainda.
O arrastão do PT
O PT tem candidatos próprios para prefeito certos em 14 municípios: Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Acrelândia, Rio Branco, Sena Madureira, Bujari, Xapuri, Feijó, Tarauacá, Marechal Taumaturgo, Mâncio Lima, Rodrigues Alves e Porto Walter. Poderá chegar a 16, com Cruzeiro do Sul e Sena Madureira – estes dois ainda indefinidos.
Pêsames
Os pêsames da coluna à deputada Leila Galvão (PT) pela perda da sua genitora.
A ciranda vai pegar quase todos
O prefeito de Brasiléia, Everaldo Gomes (PMDB), até ontem não tinha pagado os servidores do quadro da prefeitura. A ciranda de atrasos será uma constante daqui em diante em quase todas as prefeituras acreanas. Ser prefeito na atual conjuntura é um castigo, masoquismo.
PT e PSB descartados
O presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, vereador Artêmio Costa, que deixou o PSDC, não se definiu em que partido se filiará para disputar a reeleição. De pronto descarta o PT e PSB. Pretende analisar as chapas dos outros partidos antes de tomar a decisão.
Jararacas do rabo fino
Não conheço ainda as chapas de candidatos a vereadores dos partidos de oposição. Mas, posso afirmar que entre as mais fortes para a Câmara Municipal da Capital, estará a do PT. É talvez a mais competitiva que o partido lançou dos últimos tempos. Só jararacas do rabo fino.
Caminho sem volta
O deputado Werles Rocha (PSDB) vê o caminho em Cruzeiro do Sul para uma composição com o PMDB fora de cogitação. “Depois do que o Vagner Sales fez para enfraquecer a chapa de vereadores do PSDB, acabou o diálogo e o Henrique Afonso será nosso candidato a prefeito”, enfatiza Rocha.
Tentativas fracassadas
Vários líderes de partidos da oposição ligaram para o ex-deputado federal Márcio Bittar (PSDB) perguntando se aceitaria ser o candidato único da oposição à PMRB. Resposta: “Não”. Está voltado para 2018, quando poderá disputar o Senado ou o Governo.
Socorro Nery
O PSDB tomou decisão e não voltará atrás: a professora Socorro Nery (PSDB) será candidata à prefeitura de Rio Branco. Com a posição de Tião Bocalon (DEM) ser também candidato, a posição tucana se fortaleceu.
Nem morto nem viúva
Aldemir Maciel sempre foi linha de frente do PMDB, em Cruzeiro do Sul, desde a fundação. Para o último comício do partido bolou uma estratégia até hoje lembrada. Na hora da sua fala começou emocionado: “hoje é um dia alegre porque é a arrancada final para minha eleição de vereador. E triste porque vejo uma velha companheira do PMDB, que mesmo o marido tendo sido enterrado ontem veio ao nosso comício. No leito de sua morte, seu marido lhe fez um último pedido: nunca abandone o PMDB e vote no Aldemir Maciel para vereador. Obrigado, muito obrigado, velha companheira por ter vindo”. Silêncio comovente. Ao final do comício, o deputado federal Osmir Lima (PMDB) o puxou pelo braço e pediu que lhe apresentasse a viúva para dar os pêsames. Maciel, rindo, respondeu: “foi um truque, não tem morto e nem viúva”.
