Um espetáculo de amadorismo político
A Frente Popular, que capitaneada pelo PT sempre foi profissional na montagem de suas chapas majoritárias dá um verdadeiro show de amadorismo na escolha do candidato a prefeito de Cruzeiro do Sul. A mais nova aventura é o nome de Rômulo Grandier, qualificado, mas sem densidade eleitoral. O quadro todo, com cada dia um nome, é o reflexo da improvisação. E reflexo também de não terem trabalhado alguém para ganhar a prefeitura do município, o que não é fácil, o prefeito Vagner Sales sabe usar o poder e fazer política. A única liderança da FPA competitiva, deputado federal César Messias (PSB) – foto – não quer ser candidato, seria como passar um atestado de louco trocar um mandato de deputado federal pelo de prefeito, num grave momento de crise econômica. E mesmo porque o fato de aceitar não lhe daria a garantia de vitória. E assim, de improvisação em improvisação, caminha a FPA no Juruá.
Muito pelo contrário
Chega e-mail dizendo que ser contra a “Agrocortex” – que derrubará milhares de árvores em Manuel Urbano – é ser contra o progresso. Ao contrário, sou sim um defensor dos grandes empreendimentos. Só que de esmola grande até cego desconfia. O Acre tem vários exemplos.
Tese fortalecida
Depois de toda confusão envolvendo a brincadeira da criação de uma “Frente Alternativa”, composta por seis deputados, a saída do deputado Eber Machado (PSDC) da FPA, ficou ainda mais fortalecida a tese de que o vice de Marcus Alexandre será indicação do PT.
Chute na crise
De “nanico”, o PHS só tem o nome. E a crise não chegou lá. A cada ato político que o presidente Manoel Roque realiza é banquete regado ao bom e ao melhor, como o do último fim de semana, com direito a escolher vinhos finos e queijos franceses. Tá podendo, o Roque!.
Cruz e espada
O deputado Heitor Junior (PDT) – lutador a favor dos portadores de Hepatite C – prometeu para este mês a chegada na rede pública dos novos medicamentos contra a doença. Se chegarem é para comemorar, mas se não chegarem vai ficar numa tremenda saia justa.
Argumento muito usado
Um argumento que ouço muito, até entre os que lhe dão apoio para disputar a PMRB, é que a deputada Eliane Sinhasique (PMDB) age muito no emocional, por conta disso já sofreu vários desmentidos. E para quem disputa cargo majoritário o equilíbrio é um fator essencial.
Não me calo com a hipocrisia
Nunca vou me calar ante a hipocrisia de parlamentares federais posarem de oposição ao PT quando pisam no Acre, e em Brasília votarem com a Dilma e ficarem pirangando cargos federais no Acre para indicar afilhados. No popular, são os chamados paus de dois bicos.
Chute no traseiro
As afinadas relações entre o prefeito James Gomes (PP) e o senador Petecão (PSD), acabaram em praticamente um rompimento. Motivo: Petecão entupiu a prefeitura de Senador Guiomard de emendas parlamentares e esperava que como gratidão, James levasse a primeira suplente do Senado, Mailza Gomes, para o PSD, mas deu-lhe um chute na bunda e a levou para o PP.
Desolado com a rasteira
O senador Sérgio Petecão (PSD) está desolado com a rasteira levada do prefeito James Gomes e não causará surpresa a ninguém se mais na frente ele hipotecar apoio à candidatura do dentista André Maia (PDT) a prefeito de Senador Guiomard, tornando-a mais forte do que já é.
Não avaliou bem
James não avaliou bem que fora da prefeitura será alvo de várias ações judiciais do adversário que ganhar a prefeitura. Construiu muitos inimigos. Por isso não pode perder a eleição.
Provando do próprio veneno
O senador Petecão (PSD) está provando do próprio veneno, costuma também deixar aliados pelo caminho. Como no ditado: um dia é da caça e outro do caçador. Nesta situação, virou caça.
Aparecer para os holofotes
Os deputados Luiz Gonzaga (PSDB) e Werles Rocha (PSDB) quando vão ao Ministério Público Estadual para denunciar o governador Tião Viana por supostas irregularidades nas obras da BR-364, querem aparecer nos holofotes. Os recursos eram federais e a competência é do MPF.
Único governo
É bom lembrar também que foi somente no governo do Tião Viana que a rodovia para Cruzeiro do Sul deu trafegabilidade no inverno e no verão. Problemas na conservação sempre vão existir.
Era melhor não ter ganhado
Para ganhar uma eleição e transferir o poder ao PMDB, que é quem manda hoje no governo federal, melhor seria que a presidente Dilma não tivesse sido eleita. A sua gestão patrocinou a maior negociata do toma lá e dá cá da história política contemporânea ao dar sete ministérios ao PMDB em troca de votos. E sem poder de vetar ninguém indicado pelo PMDB.
Uma voz lúcida
O senador Jorge Viana (PT), mesmo recebendo críticas, tem sido uma voz lúcida do seu partido quando critica esta vergonhosa barganha que teve como sustentáculo o fisiologismo.
Não é dos piores
Não é nenhuma última coca-cola no deserto, mas o prefeito de Porto Acre, Carlinhos da Saúde (PSDB), a quem nem conheço, mas tenho informações de sua gestão, não está entre os piores prefeitos do Acre, ainda que administre um dos municípios mais difíceis de gerir.
Boa desidratada
Com a saída do vereador Artêmio Costa do PSDC, o partido vai sofrer uma desidratada em seus quadros, porque junto deverá ir todo um grupo. O novo presidente do PSDC, Gleison Menezes, terá muita dificuldade para montar uma boa chapa para a Câmara Municipal da Capital.
O senador Jorge Viana (PT) continua sendo uma rara voz petista lúcida na política acreana.
Caminha neste sentido
Pelas informações chegadas à coluna o PT deve ir de Marcos Fernandes, que na última eleição foi muito bem votado, para a disputa da prefeitura de Epitaciolândia, a opção do empresário Mario Maffi foi descartada. Marcos é um quadro antigo do PT e isso foi levado em conta.
Não se conforma
O deputado Luiz Gonzaga (PSDB) não se conforma em não ter conseguido aprovar uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembléia Legislativa para chamar de “minha CPI” e fazer proselitismo político barato.
Cabeça da chapa
O presidente do PT, Ermício Sena, está defendendo uma aliança em Xapuri, pelo qual o PT indicaria o candidato a prefeito (nome ainda a ser definido) e o vice seria Erivelton Soares (PSB). A justificativa é que em Xapuri, o PT já parte com boa parcela dos votos segmentada.
Apoio inicial
Onde houver um prefeito do PT, diz o presidente Ermício Sena, é natural que tenha o apoio para a reeleição, mas não descarta uma apreciação de outros nomes indicados pelos aliados, para serem avaliados numa pesquisa. É o caso do prefeito do Bujari, Tonheiro (PT).
Caso mais delicado
Um caso mais delicado é o de Acrelândia, onde o prefeito Jonas da Farmácia, recém filiado ao PT, está indiciado por sérios problemas jurídicos. Este é um assunto que na visão de Ermício Sena, deverá antes de qualquer coisa ser alvo de uma discussão interna no PT.
Indicação do vice
O PDT deve indicar o vice da publicitária Charlene Lima (PV) na disputa da prefeitura de Sena Madureira.
Na parede
O vereador Raimundo Sales está ameaçando apoiar a tucana Toinha Vieira à prefeitura de Sena Madureira, caso o deputado Nelson Sales (PV) dê apoio à candidatura da publicitária Charlene Lima para prefeita. Quer que o indicado seja um nome do seu grupo.
Confusão de mais de metro
Em Sena Madureira tem candidato a prefeito para mais de metro. Na FPA são candidatos, o prefeito Mano Rufino (PSB), Charlene Lima (PV) e Alan Areal (PT). A oposição também não fica atrás: tem Toinha Vieira (PSDB), Mazinho Serafim (PMDB) e Gherlen Diniz (PP).
Conversa entabulada
O deputado Eber Machado (PSDC) já conversou com o senador Gladson Cameli (PP) sobre uma aliança política já na eleição municipal. Em Cruzeiro do Sul o PSDC está aliado à FPA.
O golpe que não deu certo
O senador Aluísio Bezerra tinha assumido o PTB, no Acre, e partiu para ampliar o partido. O primeiro a procurar foi o prefeito de Epitaciolândia, André Hassem, com uma ficha de filiação na mão. Hassem pegou a ficha, alisou o papel, e condicionou: “Maninho Aluísio, vamos falar da parte financeira. Você me libera adiantado 20 mil reais para ir montando o partido no município e me filio”. Aluisio Bezerra tentou dar o velho golpe: “Hassem, estou sem provisão orçamentária no momento, mas você assina e depois a gente fala sobre dinheiro”. Luizinho Hassem, que não é besta, retrucou: “Aluisio Bezerra, na Faculdade na qual você se formou eu fiz Pós-graduação. Adiantado ou nada feito”. E Aluisio saiu desolado rumo ao hotel.