Ray Melo,
da redação de ac24horas
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Não é de hoje que se fala na cidade que um grupo de pessoas trajando roupas vermelhas têm visitado bairros da periferia da capital do Acre em busca de apoio para o candidato da Frente Popular do Acre. Falam num exército vermelho que recruta pessoas, que compram espaço para ficar bandeiras vermelhas e pelo negócio chegam a pagar uma certa quantia em dinheiro.
O caso já foi denunciado a justiça eleitoral do Acre, mas até agora não se soude de nenhuma providencia eficaz tomada pelo juiz Pedro Longo, um dos responsáveis pela transparência das eleições em Rio Branco.
Como a má notícia corre com a mesma velocidade do vento, na tarde desta quinta-feira desembarcou em Rio Branco um delegado da Polícia Federal, vindo diretamente do Estado da Paraíba especialmente para coibir os abusos que a cada dia assustam pela ousadia.
A coisa é tão escandalosa que nesta quinta-feira, um vídeo postado pelo jornalista Assem Neto, no Facebook, virou a vedete das redes sociais. Nele o jornalista denuncia a prática da compra de votos na periferia de Rio Branco.
Nas imagens aparece uma suposta moradora do bairro Caladinho afirmando que faz parte de uma lista organizada por membros do PT, evidenciando a compra de votos.
Segundo a mulher que não é identificada no vídeo, os moradores do Caladinho estariam recebendo R$ 50 para colocar uma bandeira do PT, em suas casas.
“Eles queriam pagar R$ 50 para colocar as bandeiras nas casas”, diz a mulher afirmando que “aceitei, né que eu num… mas rapaz, cinquenta reais é dinheiro, né?”.
Questionada se o pagamento teria sido a vista, a moradora afirma que não. O pagamento seria feito no dia de hoje, e os nomes dos moradores que aceitaram estariam numa lista.
“Pegaram os nomes, para depois por as bandeiras. Ficaram de pagar quinta-feira, no caso, hoje”, destaca a suposta moradora que não sabia o nome da pessoa que fez o acerto.
VEJA O VÍDEO:
Procurado pela reportagem, o presidente da executiva municipal do PT, André Kamai disse que não tinha conhecimento do vídeo. O dirigente partidário negou todas as acusações.
“Desconheço qualquer prática neste sentido. Nossa campanha não fez nenhuma atividade deste tipo. Todas as pessoas que receberam o material colocaram de forma voluntária”, diz Kamai.
O dirigente partidário negou ainda, a existência de lista para pagamento de moradores do bairro Caladinho.