O senador Jorge Viana (PT) -foto- me disse ontem estar otimista que os pontos da Reforma Eleitoral que estão sendo gestados no Senado, em sintonia com a Câmara Federal possam ser aprovados a tempo de vigorar já para a próxima eleição. Entre os pontos estão o que praticamente acaba com a imoralidade das coligações proporcionais, o que cria uma janela para os deputados federais mudarem de partido e o que permite que partidos se unam numa Federação, que não se extinguiria após a eleição, mas somente após quatro anos, para não virar uma balbúrdia. A sua certeza da aprovação é que não se dará por PEC, mas por Projeto de Lei, que requer menos votos para passar. Se isso acontecer haverá algo a se comemorar depois da imoralidade que foi a Reforma Política na Câmara Federal.
Dois pesos e uma medida
Para não deixar dúvida de que se trata de um “acórdão” com o Planalto para detonar só o presidente da Câmara Federal, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), a PGR deveria também ter denunciado o senador Renam Calheiros (PMDB), que está no mesmo barco.
Nunca esteve tão desgastada
O certo é que a classe política brasileira nunca viveu um pior momento que o atual, com uma Câmara Federal e um Senado com muitos dos seus pares acusados na Lava-Jato, com um grupo de 30 na bica de serem denunciados, o que detonará ainda mais a moral do parlamento.
Grupo da maldade
Algumas figuras da imprensa se reuniram esta semana para traçar uma ação conjunta nos meios de comunicação, tendo como objetivo desmoralizar através de críticas os adversários políticos, que disputarão a próxima eleição municipal. Recuso-me a entrar nesta patuscada.
Trem da imoralidade
A deputada federal Jéssica Sales (PMDB) resvalou para o terreno da imoralidade política, ao defender uma PEC que regulariza a situação dos que entraram pela janela no serviço público. A Jéssica ainda não entendeu que vivemos num momento em que o Brasil é passado a limpo?.
Quem vai querer votar
A Constituição Federal estabelece que para alguém entrar no serviço público tem de fazer concurso. Quem burlou esta regra não pode ser beneficiado por manobras políticas. Com uma Câmara Federal desmoralizada por escândalos, um projeto aprovado neste sentido seria mais escândalo.
Corte de contratos
O secretário de Saúde, Armando Melo, explica que o que está sendo pedido na Saúde é que os médicos que acumulam mais de dois contratos no Pró-Saúde e SESACRE façam a opção por apenas dois. A SESACRE está seguindo a orientação da Procuradoria Geral do Estado.
Reflete na política
É uma questão jurídica que tem interpretações diferentes. A decisão da PGE atinge diretamente 15 médicos nesta situação e 49 servidores em outras áreas médicas. O temor é que a medida drástica possa redundar na diminuição do atendimento médico à população.
Numa frase curta
A medida pode ser resumida numa frase curta: quebradeira em que vivem os Estados.
A lei é clara
Partido não é bordel que você entra e sai sem problema. A lei só protege os mandatos dos majoritários que troquem de partido. Não se aplica aos vereadores que são regidos pela lei da infidelidade partidária. Ou seja: vereador saiu do partido perde o mandato. Viu, Manoel Lima?.
Previsão quase impossível
Ontem, numa roda se discutia se o Henrique Afonso (PSDB) levará até o fim por cima de pau e pedra a sua candidatura a prefeito de Cruzeiro do Sul. Os entendimentos foram unânimes: o Henrique é tão inconstante que nenhuma previsão sobre ele pode ser feita acima de 24 horas.
Outro entendimento
Outro entendimento unânime é que a FPA não tem hoje um nome com maior penetração na camada humilde da população de Cruzeiro do Sul, que é quem decide a eleição, que o nome do deputado Josa da Farmácia (PTN), que poderia disputar sem renunciar ao mandato.
Manda muito pouco
Se o James Gomes pudesse disputar a reeleição para a prefeitura de Senador Guiomard seria muito forte, difícil de ser batido. Transferir votos para a Marisa Petecão (PSD), que não é do município, será uma tarefa dura. Não existe algo mais difícil na política que transferir votos.
Nome sedimentado
A vereadora Fernanda Hassem (PT) é uma das candidatas a prefeita pelo PT que tem a simpatia unânime da cúpula do seu partido. Fernanda encabeça todas as pesquisas realizadas até o momento para a prefeitura de Brasiléia.
Ninguém pode impedir
No caso dos vereadores Manoel Lima (PT), Neudo Lopes (PT), Alonso Andrade (PSDB) e Rabelo Goes (PSDB), que abandonaram seus partidos, não há também nada que impeça que os suplentes entrem com ações pedindo os mandatos, e pelo que a lei eleitoral prevê vão ganhar.
Uma correção
Há apenas uma correção a ser feita quanto a saída do vereador Manoel Lima do PT de Senador Guiomard. Ele ontem esclareceu que jamais iria para o PP, porque é adversário do prefeito James Gomes, e que está discutindo a sua entrada no PDT. Está feito então o registro.
Na medida certa
O prefeito Marcus Alexandre usa a estratégia certa na medida em que evita entrar no debate sobre a sua sucessão, principalmente, no tocante a escolha do seu vice, porque sabe que seria como colocar agora um porco espinho no colo. Se bem que terá de colocar no próximo ano.
Outra disposição
Sobre a questão do vice, confesso que a princípio, com base em situações anteriores, pensei que a decisão do bloco dos seis partidos nanicos de não abrir mão de indicar o vice na chapa do Marcus Alexandre fosse mais um blefe, mas parece que desta vez a coisa é para valer.
Golpe sério no acre
Toda bancada federal acreana deveria se unir ao senador Gladson Cameli (PP) e trabalhar contra o projeto da Dilma, que reduz em 30% os recursos constitucionais, como FNE, FNO e FCO, o que praticamente acaba com o atrativo de empresas se instalarem na Região Norte.
Não era motor de popa
Estou fazendo o comentário há mais de ano da eleição. Para conferir mais à frente. O prefeito Vagner Sales (PMDB) está enganado redondamente se pensa que trazendo o Iderley Cordeiro para o PMDB e o elegendo prefeito de Cruzeiro do Sul o controlará como motor de popa.
Situação de Feijó
Conversei ontem com um velho amigo que conhece a situação política de Feijó na palma da mão e, perguntei como via a disputa pela prefeitura no próximo ano. Foi muito pragmático: “se o candidato não for o Francimar Fernandes (PT) a oposição ganha a eleição folgado”.
Será convencido
O presidente regional do PT, Ermício Sena, acha que o partido conseguirá convencer o ex-prefeito Manoelzinho (PT) a ser candidato a prefeito de Assis Brasil. Não quer voltar à política, mas se o convencerem entra na disputa com uma ampla chance de sair vitorioso.
Também votaria
Acompanharia os deputados federais Flaviano Melo (PMDB), Jéssica Sales (PMDB) e Werles Rocha (PSDB), que votaram pela redução da maioridade penal, se eu fosse parlamentar federal. Quem hoje 16, 17 anos, sabe discernir bem o que é crime o que não é crime, não é uma criancinha.
Única cara nova
Dando uma olhada na lista dos que se apresentaram até aqui como pré-candidatos a prefeito de Sena Madureira, a dedução a que se chega é que a única coisa nova, que pode representar uma mudança na política do município, é a publicitária Charlene Lima, que deve se filiar ao PT.
Continência errada
O ex-prefeito Jorge Kalume, símbolo do caciquismo político no Acre, tinha uma verdadeira veneração pelos militares. Se maior orgulho era enumerar quantas medalhas tinha recebido da Aeronáutica, Marinha e Exército. Contam que certo dia, quando andava com o seu secretário de Cultura, Mauro Modesto, deu de cara com um senhor idoso todo vestido de branco, com um chapéu de comandante de embarcação e com os ombros recobertos de galões dourados, que o levou a pensar se tratar de um Oficial da Marinha. Não se conteve, perfilou-se e bateu continência: “Kalume, seu criado, às suas ordens”. Ficou sem graça quando descobriu tratar-se de um membro da comunidade daimista da Barquinha, com seu traje de gala, que ia para uma festividade da seita. O Mauro Modesto continua jurando até hoje que o fato não aconteceu. Mas o certo é que o Kalume ficou com fama de bater continência para Guarda da SUCAM.