A denúncia é da comunidade escolar. Segundo pais dos alunos que pediram para não ter seus nomes revelados, mais de R$ 1 milhão para a obra da Escola Padre Peregrino, no Conjunto Tucumã pode ter sumido dos cofres públicos. O ex-secretário Moacyr Fecury e o atual secretário de educação, Márcio Batista, divergem explicações à cerca da obra que já se arrasta há quase um ano. Há três semanas, elas estão paralisadas por falta de pagamento.
Enquanto o executivo comandado pelo prefeito Raimundo Angelim, do PT, procura explicações os alunos vem sofrendo. É que após o início das obras da escola, as salas de aulas foram transferidas para vários locais, entre eles, uma sala dentro de um chapéu de Zinco, na Sagrada Família. Outras duas turmas funcionam no SEJA do Rui Lino e mais duas na Escola Darcy Vargas na Rodovia Dias Martins. Até Igrejas Evangélicas foram ocupadas com alunos por que segundo o prefeito Raimundo Angelim, o município não tem dinheiro para locar outros espaços mais adequados.
Os pais denunciam que crianças portadoras de necessidades especiais não estão tendo o acompanhamento adequado por falta de estruturas das salas. Uma dessas unidades foi improvisada na escola Terezinha Kalume.
Uma carta foi enviada com assinaturas da comunidade escolar ao secretário Marcio Batista.O vereador Marcelo Jucá confirmou por telefone que haverá uma reunião sábado com os agentes envolvidos, no sentido de esclarecer o que está acontecendo com a obra da escola.
A reportagem procurou os representantes da empresa Destak que ganhou a licitação. No canteiro, o apontador e vigia foram orientados a não abrir a boca. No escritório da empresa terceirizada contratada para pintar a escola, fomos informados que apenas um pagamento no valor de R$ 80 mil foi pago pelo município.
– Há três semanas que ninguém trabalha por falta de pagamento – disse o funcionário que pediu para não ter seu nome revelado.
Jairo Carioca – da redação de ac24horas
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