Ray Melo,
da redação de ac24horas
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Os casos de nepotismo no governo de Sebastião Viana (PT), esquentaram os debates na manhã desta terça-feira, 08, na Aleac. Depois da divulgação da nomeação de irmã, primos, tios e parente de segundo e terceiros graus, pelo Governo do Acre, em reportagem de ac24horas, o assunto ganhou espaço nobre na pauta de debates no legislativo estadual.
O assunto foi replicado em um jornal independente, provocando a ira da base governista, que classificou as nomeações postadas no Diário Oficial como “mentirosas”. De acordo com o deputado Walter Prado (PDT), nomeações de parentes de Viana em cargos em nível municipal e federal, não podem ser classificadas como nepotismo.
“Quatro cargos citados nesta matéria não se trata de nomeação do governador Sebastião Viana. Esta notícia foi plantada para desestabilizar a administração estadual. Nomeações municipais e federais não podem ser consideradas nepotismo. O governador não manda nestes órgãos públicos”, defende Walter Prado.
Respondendo a defesa eloqüente de Prado, Major Rocha (PSDB), disse que “é legal para quem este recebendo, mas não é ilegal perante a lei e imoral para o povo do Estado. Eu fico imaginando quanto recurso público seria possível economizar se deixássemos de alimentar, este monte de gente que vive sugando as tetas do Governo do Acre”.
Para tentar desqualificar a denuncia de nepotismo, o líder do governo, Moisés Diniz (PCdoB), destacou que o jornal que replicou o material de ac24horas, “não é nem panfleto nem jornal. Isto é um informativo do gabinete do deputado Rocha. Inclusive, tem mais fotos dele, do que dos demais políticos do Acre”, disparou.
Segundo o líder de Sebastião, a denúncia contra o governador estaria acontecendo pela proximidade das eleições municipais. “O governador assumiu em 2011, e as denúncias saem a quatro meses da eleição. Traga amanhã uma denuncia pedida investigação do nepotismo em todos os órgãos públicos, e nós entramos no MPF; eu assino com vossa excelência”.
O oposicionista Gilberto Diniz (PTdoB), afirmou que o governo estaria agindo como se as instituições fiscalizadoras não existissem, promovendo a nomeação de todas sua família, nos poderes do Estado. “Fica uma coisa escandalosa, já que o Governo do Acre tem toda uma assessoria jurídica, mas continua empregando sua família”.
Os deputados do bloco de oposição se reunirão para formalizar uma denúncia no Ministério Público Estado (MPE). Os parlamentares cobrarão ainda, um posicionamento da procuradora Waldirene Cordeiro, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público.
Os questionamentos se estenderam ainda, ao fato de Waldirene Cordeiro ser esposa do secretário da Fazenda, Mâncio Lima Cordeiro, um dos principais assessores do petista Sebastião Viana.