Jairo Barbosa – [email protected]
De Cruzeiro do Sul
Se o time do Náuas fizesse dentro de campo metade do que faz a torcida fora dele, não estaria tão mal visto no Juruá nessa altura do campeonato estadual. Nos dois últimos jogos os torcedores do Cacique do Juruá deixaram nas bilheterias da Arena do Juruá mais de R$ 18 mil, fazendo a equipe bater o record e tornar-se campeão em arrecadação até aqui. Mas esse é o único feito positivo da equipe no primeiro turno do estadual.
Dos dezoito pontos que disputou nessa primeira fase, a equipe consegui apenas oito pontos, metade deles dentro de casa, na Arena do Juruá, onde o time perdeu dois, dos quatro jogos que atuou como mandante. Perdeu para Atlético (2×1), empatou com o Independencia (2×2), venceu o Alto Acre (3×0), e neste domingo de Páscoa, provou um chocolate amargo ao perder de 2 x 1 para o Plácido de Castro, dentro de casa.
A paciência da torcida com o time já acabou faz tempo, só a diretoria não que admitir a má fase que o clube atravessa. Dos muitos jogadores importados, a torcida elegeu o lateral Toninho como “símbolo da revolta”, e passou a pegar no pé do jogador que definitivamente não agrada no Juruá.
Diante de 1.051 torcedores, o time mostrou mais uma vez que não tem poder de fogo para impor seu futebol atuando em seus domínios. O Plácido de Castro, aproveitou a instabilidade do adversário e usou esse fator como aliado para vencer a partida e avançar rumo ao G4.
No primeiro tempo, Esmael abriu o placar para os visitantes aos três minutos, mas Robson marcou contra aos 15 dando o empate ao Cacique. Na etapa final o Náuas continuou pecando nas finalizações e tomou o gol que selou placar do jogo aos 5 minutos numa magistral cobrança de falta de Lucas: 2 x 1.
Em vão foram as investidas do time comandado pelo português José Armando ao ataque. O Plácido suportou a pressão e saiu do Juruá com três valiosos pontos. O Náuas, vaiado por sua torcida, terá que convencer no segundo turno, quando vai receber em casa Juventus e Rio Branco.
O campeonato estadual vai dar uma parada de duas semanas, quando então será iniciado o segundo turno.