Ray Melo,
da redação de ac24horas
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Os trabalhadores que executam a obra do segundo linhão de energia que atenderá as empresas que se instalarão no distrito industrial e Zona de Processamento de Exportação (ZPE) fizeram um protesto nesta semana, em Vila Campinas, distrito do município de Plácido de Castro, reivindicando direitos trabalhistas e salários atrasados.
A retirada de máquinas e equipamento do acampamento da Tabocas e da Vitisa, empresas responsáveis pela obra, despertou o temor dos trabalhadores em levarem um calote. De acordo com os servidores as empresas teriam contraído vários débitos. Preocupados e temendo não receberem seus direitos, resolveram acampar no portão do canteiro de obras.
O acampamento das empresas está localizado no quilometro 60, da BR-364, nas proximidade de Vila Campinas. Segundo informações dos trabalhadores, a empresa Vitisa acumulou muitas dívidas com alugueis de caminhões, imóvel, hotel e combustível, além da dívida com os trabalhadores que estariam com os salários atrasados.
Mais de 200 trabalhadores de Vila Campinas, que iniciaram a obra há mais de noves meses, se reuniram para cobrar um posicionamento dos diretores das empresas. O medo é que as empresas se retirem do local e não cumpram com as obrigações trabalhistas. “Estamos unidos e só sairemos daqui com o nosso dinheiro”, desabafa Amarildo Pereira do Nascimento.
Os funcionários exigem que os representantes das empresas façam os pagamentos dos salários atrasados e os direitos trabalhistas. “Ficaremos acampados aqui. Acreditamos que se nos retirarmos do local, eles poderão levar o restante dos maquinários”, declarou Daniel Barbosa da Silva, um dos integrantes do movimento.
Nenhum representante das empresas Tabocas e Vitisa foram localizados para se pronunciar sobre as denúncias dos trabalhadores.