Ray Melo,
da redação de ac24horas
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Os trabalhadores que realizaram serviços de limpeza dos bairros atingidos pela cheia do Rio Acre fecharam a Estrada da Sobral, na manhã desta segunda-feira, em protesto ao descumprimento de um acordo com a prefeitura de Rio Branco e três empresas terceirizadas.
Os operários, contratados pelas empresas Pit Stop, Tobias e Viana, integram o mutirão de limpeza comandado pelo pré-candidato do PT à Prefeitura de Rio Branco, Marcus Alexandre. O diretor do Deracre apareceu junto com os trabalhadores em várias reportagens produzidas como peças publicitárias para dar visibilidade à candidatura petista.
Os trabalhadores dizem ter acertado a diária de R$ 40,00, mas receberam um comunicado pela manhã dizendo que esse valor seria reduzido para R$ 25,00 pelos dias trabalhados no mês de março.
Os terceirizados da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) denunciaram ainda que estariam trabalhando sem carteira assinada e que os contratos eram formalizados verbalmente pelos representantes das empresas. Cerca de 500 trabalhadores estariam na mesma situação.
A Semsur negou o fato e disse que seria um total de 200 trabalhadores terceirizados que atuavam em várias frentes de trabalho. Depois de uma negociação os trabalhadores liberaram o tráfego da estrada da Sobral e se dirigiram ao pátio da Semsur.
Os gestores do órgão se comprometeram em negociar os pagamentos com as empresas até a quarta-feira próxima. Porém, com o protesto, os líderes do movimento afirmam que receberão apenas R$ 30 pelo dia trabalhado. Os terceirizados entoaram palavras de ordem e ameaçam fechar novamente a estrada caso o pagamento não seja liberado hoje.
O outro lado – Segundo o secretario de Serviços Urbanos, Cesário Braga, não teria existido o acordo de pagamento em diárias aos terceirizados. O acordo, de segundo ele, seria o pagamento de salário somado á gratificação de insalubridade, que daria um total de R$ 760 por trabalhador.