Luciano Tavares,
Da redação de ac24horas
[email protected]
Acabou o mistério! Os deputados da base do governo na Assembleia Legislativa do Acre não querem a CPI do Proacre proposta pelo oposicionista Gilberto Diniz [PTdoB].
O requerimento para apurar desvios de verbas do maior programa de investimentos em comunidades isoladas [durante o governo Binho Marques e parte do de Tião Viana], foi rejeitado por 9 dos 16 deputados presentes à sessão desta terça-feira, 27.
O deputado Gilberto Diniz, lamentou a atitude da maioria dos parlamentares: “o Acre hoje é o estado da impunidade. A gente vê uma utopia. O dinheiro do Proacre não chegou aos rumos onde deveria. Temos provas materiais. É só pegar as licitações, os contratos das empresas”, disse.
Por outro lado, o líder do PT na casa, deputado Geraldo Pereira [PT] disse que não vê motivos para instauração de uma CPI, “porque os supostos desvios já estão sendo investigados. Segundo o petista, “não há fato determinado. É só palanque político. Já há uma investigação em andamento. Os recursos do Proacre não foram gerenciados pelo governo. Os recursos foram gerenciados pelos municípios”, garantiu.
“Porque o medo da CPI? Quem não deve não teme. Esse foi um dia triste para essa Casa. Um dia em que máscaras caíram. Mais uma vez essa Casa tá mostrando que não é a Casa do povo”, disse o deputado oposicionista, Major Rocha [PSDB].
O deputado do Walter Prado, por outro lado, contra-atacou, ao dizer que Rocha quer ser o dono da verdade. Para o deputado [e delegado], o instrumento de investigação usado deve ser o policial e não o legislativo estadual. “Quem poderia apurar se ouve desvio do Fundeb seriam as câmaras de vereadores. Vamos votar contra devido o formato jurídico do requerimento”, disse.
