Com o enfraquecimento da política de proteção ambiental, visível no governo de Tião Viana, a derrubada ilegal de madeira volta a ser uma realidade. A presidente da Associação Renascer, Lucia Mateus, da região conhecida como Baixa Verde, na BR 317, denunciou ontem (14) a derrubada de castanheiras em projetos de assentamentos do Incra.
Ela disse ainda que a área onde está sendo realizado o desmatamento ilegal é de litígio e que a derrubada vem sendo feita por assentados do Incra. Ela reclama da ausência do poder público no local e garante que já formalizou o suposto crime ao Instituto do Meio Ambiente do Acre [IMAC}. Lucia disse ainda que toda a produção está se acabando por que não existe ramal para o escoamento.
– As aulas na única escola da região ainda não começaram por que não tem ramal. Hoje, depois que eu disse que vinha na imprensa, é que enviaram as máquinas para arrumar a estrada do mediterrâneo que permite o acesso das crianças – acrescentou.
A presidente da associação busca apoio da Comissão dos Direitos Humanos da Aseembleia, para garantir a moradia de 12 famílias, algumas instaladas há mais de 40 anos na região e que agora, são ameaçadas de saírem de suas propriedades. Um processo se arrasta na Justiça Federal.
– Soubemos que a área da onde o Incra quer nos retirar ainda nem foi paga. O dono das terras também colocou o governo na justiça pela falta de pagamento – comentou Lucia.
A produtora saiu da Aleac ontem sem falar com o deputado Walter Prado, presidente da Comissão dos Direitos Humanos.