Diversos pais de estudantes da Escola de Ensino Fundamental Coronel Contreira, localizada no conjunto Cumaru, em Cruzeiro do Sul (AC), realizaram durante a manhã desta sexta-feira (27) uma manifestação na frente da instituição de ensino pedindo melhorias na parte física da escola e ainda a contratação de mais professores para o local.
Os pais alegam que o local não possui estrutura suficiente para atender os alunos, e pedem a reforma do local. Com a manifestação as aulas chegaram a ser paralisadas.
“Nós decidimos não deixar ter aula hoje. A situação aqui está muito crítica. É cheio de cachorros e cavalos misturados com os alunos pois não tem muro para proteger. E nós como pais queremos a melhoria”, falou a mãe Maria Auxiliadora.
Rosineide Tavares também é mãe de quatro alunos da escola e pede que uma solução rápida seja dada ao problema. “Não temos professores e nós como pais ficamos muito preocupados. Nós precisamos que nossos filhos estudem nesta escola pois não temos condições de levar para outro local”, disse.
Marineide Santos contou que mesmo com o filho matriculado, ele ainda não pode estudar por conta da falta de professores.
“Meu filho não está estudando pois não tem professor. O coordenador que estava acompanhando eles na sala de aula, e queremos uma solução”, relatou.
De acordo com o coordenador de ensino da escola, que assume interinamente o cargo de diretor, falta pelo menos três professores para estudantes do primeiro ao quarto ano. Ele diz que em muitas vezes teve que ir para sala de aula para não prejudicar o ano letivo.
“Nós já tivemos quatro transferências. Os pais estão tirando os filhos daqui e levando para escolas mais distantes para não se prejudicar. E nós além de assumir a direção ainda estamos na sala de aula para tentar conter essa situação”, destacou José Auricélio.
Segundo Charles André, responsável pela coordenação estadual de educação em Cruzeiro do Sul, pelo menos cinco escolas do estado estão na mesma situação.
“Nosso planejamento de lotação teve algumas quebras devido laudos médicos, desistência de contratos e nós temos uma burocracia interna que precisa ser sanada, pois não temos um banco de reserva imediato, e precisamos lançar edital”, falou Charles André, garantindo que a partir da próxima semana provavelmente a situação de falta de professores seja resolvida.