Com o título: “Colado na Bolívia, Plácido de Castro é o caçula”. A longa reportagem desta terça-feira (20) do Globo Esporte destaca quatro times da Série D do campeonato Brasileiro que sofrem com a falta de estrutura e apoio financeiro. Dentre eles, o Plácido de Castro é chamando de “caçula da divisão” por ter apenas quatro anos de história.
De acordo com a matéria, a folha salarial do clube é de R$ 65 mil, mas com gastos extras de alimentação, hospedagens e viagens no valor médio R$ 75 mil a cada jogo fora do Acre. Plácido recebe R$ 270 mil para toda temporada da competição entre patrocínios e apoio governamental.
Leia alguns trechos:
Recém-profissionalizado, o clube que leva o nome do município do interior do Acre, fronteira com a Bolívia, conquistou a vaga na competição nacional com o vice-campeonato estadual deste ano e realiza suas atividades em “estádio” emprestado pela prefeitura. O gramado seco e duro, no entanto, fica a cerca de 500 metros do vestiário. Ou melhor, “vestiário”, já que o mesmo é improvisado em um ponto comercial alugado no centro da cidade e conta com apenas um banheiro.
– Não temos praticamente nada. Nosso vestiário é alugado, o estádio é emprestado pela prefeitura, nosso alojamento é alugado em pousada… Nosso presidente tem um ônibus que ele empresta para os jogadores. Quando dá, ajudamos no combustível – esclareceu Beto Faustino, diretor financeiro e de futebol.
A dificuldade para local de treinamento contrapõe com o suporte para que o elenco, quase todo vindo de outros estados, tenha tranquilidade para viver em paz. Ao contrário da maioria dos adversários, o Plácido não aloja seus jogadores em quartos apertados em sua sede (que não existe) ou apartamentos alugados. Todos ficam confortavelmente em uma pousada a menos de 100 metros da fronteira com a Bolívia, onde dividem, no máximo, com mais um companheiro o espaço e têm café da manhã à disposição.
O estádio para partidas também supera a média da competição: a bem cuidada Arena da Floresta, em Rio Branco. Para jogar na capital, porém, o custo fixo é de cerca de R$ 8 mil por rodada, o que ajuda a minar o limitado cofre placidiano:
– Vale a pena. Estamos levando o nome de Plácido de Castro para vários cantos. Isso é muito importante. Entramos no cenário nacional – garantiu Faustini.
Edmilson Alves, de Rio Branco-Ac
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Redação de ac24horas