Nesta segunda (20), a Globo estreia Três Graças, trama inédita que substituirá o remake de Vale Tudo na faixa das nove. Escrita por Aguinaldo Silva, Virgílio Silva e Zé Dassilva, a história conta com todos os ingredientes de um novelão clássico. Traz drama, romance, mistério e crítica social, além de fazer um retrato atual de quem vive em São Paulo.
A história acompanha Gerluce (Sophie Charlotte), mulher batalhadora que luta para romper o ciclo de maternidade precoce que marcou sua família. Moradora da comunidade fictícia Chacrinha, ela é filha de Lígia (Dira Paes) e mãe de Joélly (Alana Cabral).
As três são conhecidas como “as Graças”, mulheres de diferentes gerações unidas por uma mesma sina: engravidar aos 15 anos e se tornar mãe solo. Quando descobre que Joélly também está grávida, Gerluce enfrenta o desafio de impedir que a história se repita –enquanto lida com uma teia de crimes que envolve falsificação de remédios.
A vilã Arminda (Grazi Massafera) e o empresário Santiago Ferette (Murilo Benício) comandam o esquema criminoso que afeta diretamente a saúde da população carente da Chacrinha.
Sem saber que sua mãe Lígia é uma das vítimas dos medicamentos falsos, Gerluce descobre a verdade e tenta denunciar os poderosos, contando apenas com o apoio do policial Paulinho Reitz (Romulo Estrela).
A novela marca o retorno de Aguinaldo Silva ao horário nobre, seis anos após O Sétimo Guardião (2019). “São três mulheres que viram mães cedo e lutam para sobreviver. Elas refletem o Brasil real, com otimismo e fé no futuro””, adianta o autor.
Ambientada na maior metrópole da América Latina, Três Graças foi idealizada para trazer uma estética pulsante, tragicômica e acima da realidade. “É uma história intensa, com cor, emoção e muita humanidade”, resume o diretor Luiz Henrique Rios.
Quem é quem?
A batalhadora Gerluce Maria das Graças
Filha de Lígia, mãe de Joélly. A guerreira do presente. Gerluce também engravidou na adolescência, fruto de um relacionamento com o traficante Jorginho Ninja (Juliano Cazarré), hoje preso. Criou a filha sozinha, com apoio da mãe, e trabalha como cuidadora para sustentar a família.
Ao assumir o emprego na mansão de Arminda, descobre um esquema de falsificação de remédios que atinge diretamente sua mãe e vizinhos da comunidade. Justa, combativa e positiva, Gerluce vai enfrentar dilemas morais profundos –até onde vale arriscar tudo por justiça? No meio disso, viverá uma paixão com o policial Paulinho Reitz. É o coração pulsante da novela.
A matriarca Lígia Maria das Graças
Avó, cuidadora e sobrevivente. Lígia foi mãe solo aos 15 anos, abandonada por Joaquim (Marcos Palmeira), que nunca assumiu a paternidade de Gerluce. Criou a filha com dignidade e afeto, mesmo enfrentando dificuldades. Trabalhou como cuidadora de idosos durante boa parte da vida, até ser afastada por uma doença pulmonar grave.
Apesar da saúde frágil, é firme, lúcida e continua sendo o pilar emocional da casa. Tem um vínculo afetuoso com a neta, Joélly, e um carinho especial pelo pastor Albérico (Enrique Diaz), com quem vive um afeto silencioso. Com sabedoria e serenidade, representa a mulher brasileira que resiste. Mesmo adoecida, ela não se entrega.
A gestante Joélly Maria das Graças
Neta de Lígia, filha de Gerluce. A promessa do futuro. Joélly é uma adolescente de 15 anos que descobre estar grávida do namorado secreto Raul (Paulo Mendes), filho da patroa da mãe. Cria estratégias para esconder a gestação e as circunstâncias do romance, inclusive por nunca ter sabido quem é o pai biológico.
Rebelde, romântica e inteligente, Joélly é marcada pela força das mulheres de sua família, mas também pelo silêncio que carregam. A gravidez será um divisor de águas, e a chance de romper ou repetir o ciclo da maternidade precoce.
Vilã Arminda , a dona Cobra
Egoísta, arrogante e envolvida com corrupção pesada, Arminda é a vilã clássica do texto de Aguinaldo Silva. Mãe de Raul e amante do milionário Ferette, com quem comanda a falsificação de remédios. Ela esconde dinheiro dentro da escultura As Três Graças e aterroriza até a própria mãe, Josefa (Arlete Salles).
Josefa: a pedra no caminho
Mãe de Arminda e avó de Raul, Josefa é cuidada por Gerluce. Sofre de lapsos de memória, mas quando fala verdades, assusta a filha. É espirituosa, irônica e guarda informações preciosas sobre o passado –o que vai deixá-la no radar dos vilões.
Santiago Ferette: o falso herói
À frente da Fundação Ferette, Santiago finge ajudar os pobres, mas comanda uma fábrica clandestina de placebos, chamada de Casa de Farinha. Rico e respeitado, ele mantém uma imagem pública ilibada, enquanto enriquece às custas da doença alheia.
O policial Paulinho Reitz
Honesto e íntegro, Paulinho se envolve com Gerluce e passará a ser seu aliado –e possível amor verdadeiro. Mas o romance enfrentará obstáculos quando ela descobrir que o delegado de sua área protege Ferette. O bom moço também não aceitará passar pano para o roubo que a amada vai comandar.
A traída Zenilda Ferette (Andréia Horta)
Mulher de Santiago Ferette, Zenilda é uma mulher dedicada à família, que abdicou da carreira como advogada para cuidar da casa e dos filhos. Leal e elegante, ela vive alheia aos crimes do marido e à traição dele com sua melhor amiga, Arminda. Seu despertar será uma bomba emocional na novela.
A ativista Lorena Ferette (Alanis Guillen)
Filha de Santiago e Zenilda, Lorena é feminista e crítica da hipocrisia da elite. Questiona o estilo de vida da família e desconfia do pai. Usa roupas de brechó, mistura estampas ousadas e defende causas sociais. A jovem será uma das primeiras a perceber que há algo errado na Fundação Ferette.
Leonardo Ferette (Pedro Novaes): o espelho do pai
Irmão de Lorena, Leonardo é o queridinho do pai e sonha em herdar o comando da fundação. Vive numa bolha de privilégios, sem saber que está envolvido com um esquema criminoso. Vai se apaixonar por Viviane (Gabriela Loran), o que criará tensões dentro da família.
