Apenas para dar uma lembrada: representação política do Acre no Congresso Nacional demonstra a força de partidos como União Brasil e PP, com deputados federais e senadores filiados a essas legendas. O governador atual, Gladson Cameli, é do Progressistas (PP), refletindo a predominância dessas forças.
Renovação
As eleições de 2022 para a Câmara Federal trouxeram uma renovação total das 8 cadeiras do Estado, mostrando a vontade do eleitorado acreano por mudanças. Isso indica um quadro dinâmico e menos previsível para os próximos pleitos.
Cossaco
Ou seja: não existe cadeira cativa na Câmara dos Deputados e parlamentar que vacilou vai dançar com os Cossacos.
Estratégia
Partidos menores, como o Novo, têm reportado crescimento de filiações no Acre, buscando se fortalecer e obter maior competitividade para as próximas eleições. Isso pode fragmentar ainda mais o espectro político da direita.
Pesar
Esta coluna se solidariza com o suplente de senador Gemil Júnior e lamenta a morte de seu pai, ocorrida na última quarta-feira. Gemil é membro da Igreja Batista do Bosque e compõe o coral da igreja.
Batalha
Não há o que esconder. A disputa pela segunda vaga ao governo mostra-se aberta para um segundo turno. Tião Bocalom e Mailza Gomes são os mais bem posicionados para capturar os votos de oposição, caso Rick consolide sua liderança – mas um outsider sempre pode surpreender. E se Thor Dantas chegar aos dois dígitos numa pesquisa?
Senado
Como é público e notório, Gladson Cameli desponta como favorito à primeira vaga do Senado, enquanto a segunda aparece como terreno de intensas disputas entre Bittar, Jorge Viana e Mara Rocha.
Rachou?
A direita no Acre apresenta fissuras: alianças entre Mailza Assis, Alan Rick e Tião Bocalom indicam cenários de conflito interno, que podem fragilizar a coesão eleitoral do campo conservador. E claro que isso vai se confirmar. Afinal, trata-se de disputa por poder.
Cenário
Com Lula perdendo em vários cenários no Acre, conforme pesquisa do Instituto Paraná, forças conservadoras tendem a ter tração forte localmente — o que pode reforçar estratégias regionais distintas da nacional. A conferir.
Doutrinado
Repórter é bicho que anda. Anda e conversa. Em reportagem recente sobre a cadeia produtiva da macaxeira viabilizada com apoio logístico da Prefeitura de Rio Branco, uma evidência política ficou nítida. O produtor escolhido pela equipe da Secretaria de Agricultura de Rio Branco (Seagro) já estava doutrinado.
Além da macaxeira
A lógica do produtor era enaltecer a Prefeitura de Rio Branco e meter o malho no Governo do Estado. Bem-mandado, o agricultor (que, inclusive, ganhou o prêmio em recente Festival da Macaxeira) cumpriu o combinado. O jogo jogado é tosco quando os atletas são de quinta!
Fora da curva
Não tem jeito. Parece ser uma regra. Em todo evento que trata de tecnologia e inovação, os políticos se lambuzam em falar duas coisas: ou bobagens ou apelar para o senso comum. Alysson Bestene, no entanto, fugiu à regra: extrapolou.
“Visionário”
Na segunda edição do Festival Internacional TechJovem, o vice-prefeito entendeu que o patrão é um visionário. Disse também que “a nossa Capital, que vem se transformando, é uma capital tecnológica”. Achou pouco e complementou: “Em todos os sentidos”. Tá gravado no acplay.
Surto
O Alysson Bestene está precisando rever, urgentemente, a percepção sobre fidelidade. Há uma evidente confusão na cabecinha do rapaz. “Capital tecnológica”? “Visionário”? Ou isso é um surto ou é preciso ter mais cuidado com as palavras.
Polarização
O fato é que o cenário eleitoral acreano para 2026 já sinaliza uma intensa polarização, com a formação de blocos à direita. No tal campo progressista, que busca se reorganizar, a disputa promete ser acirrada, com reflexos dos embates nacionais.
Cagança japonesa
Já diziam nossas mães: “pobre que nunca comeu mel, quando come, se lambuza!”. Só que, algumas vezes, se mela com coisas nada comestíveis. Eis que três amigos bastante conhecidos na cidade se organizaram para sair do Acre com destino ao Japão. A meta, claro, não era discutir parcerias, nem comércio de produtos agropecuários com os governantes da terra do Sol Nascente. Nada disso. O objetivo era assistir à partida do Brasil contra o Japão. Para evitar constrangimentos, a coluna não vai nominar os bois. Vamos chamá-los de Professor, Profeta e Doutorzinho. Telefonemas, visitas a sites de agência de viagens, ansiedades e R$ 43 mil depois (só de passagens!), eis que o trio parte para Tóquio. Foram na classe Executiva, humildes que são. Para surpresa de ninguém, nem o Professor, nem o Doutor e muito menos o Profeta entendiam patavinas da língua japonesa. E os japoneses, ora vejam, sobre o Brasil, só entendem duas coisas: “Senna” e “Pelé”. A falta de comunicação era de via dupla. E isso trouxe um problema grave. Na hora de comer, justamente no dia do fatídico jogo, o almoço foi escolhido na base das mímicas. Era gesto pra cá, olhos arregalados para acolá, o Doutor achando que japonês era surdo e falava alto para ver se o Português era entendido na marra… a cena era tosca! Até que se arretaram e, na base de pedir pela loteria, um deles apontou com o dedo irritado para o cardápio. Era uma sopa. Passado o tormento do pedido, eis que ela vem, fumegando em uma cuia de porcelana. Para a surpresa dos três, era uma sopa de Ovo de Boi. No Acre, isso era uma comida até comum há algum tempo. Mas a rotina de gabinetes e os luxos novos afastaram o trio dessas coisas outroras populares por aqui, e valorizadas mundo afora. O jeito foi encarar. Resultado: a virada de 3 a 2 do Japão não pôde ser acompanhada por um dos três: estava retorcendo-se no banheiro. As tripas reviradas, o cheiro incensando o ambiente e os outros dois se mijando de rir do lado de fora. Mas com respeito, claro.