A Venezuela criticou Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (15), após ele confirmar que autorizou missões da CIA no território do país sul-americano.
“A República Bolivariana da Venezuela rejeita as declarações belicosas e extravagantes do Presidente dos Estados Unidos, nas quais ele admite publicamente ter autorizado operações para agir contra a paz e a estabilidade da Venezuela. Esta declaração sem precedentes constitui uma grave violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, e obriga a comunidade internacional a denunciar essas afirmações claramente imoderadas e inconcebíveis”, diz a nota da chancelaria.
“Observamos com extremo alarme o uso da CIA, bem como os anunciados deslocamentos militares para o Caribe, que constituem uma política de agressão, ameaças e assédio contra a Venezuela”, adiciona.
Leia a nota na íntegra:
“República Bolivariana da Venezuela
Comunicado
A República Bolivariana da Venezuela rejeita as declarações belicosas e extravagantes do Presidente dos Estados Unidos, nas quais ele admite publicamente ter autorizado operações para agir contra a paz e a estabilidade da Venezuela.
Esta declaração sem precedentes constitui uma grave violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, e obriga a comunidade internacional a denunciar essas afirmações claramente imoderadas e inconcebíveis.
Observamos com extremo alarme o uso da CIA, bem como os anunciados deslocamentos militares para o Caribe, que constituem uma política de agressão, ameaças e assédio contra a Venezuela.
É evidente que tais manobras buscam legitimar uma operação de “mudança de regime” com o objetivo final de apreender os recursos petrolíferos venezuelanos. Além disso, as declarações do presidente dos EUA buscam estigmatizar a migração venezuelana e latino-americana, alimentando uma retórica perigosa e xenófoba.
Na reunião extraordinária de chanceleres da CELAC, convocada pela Presidência Pro Tempore da Colômbia, a Venezuela apresentou formalmente esta queixa e exigiu uma resposta regional imediata.
Amanhã, nossa Missão Permanente na ONU apresentará esta queixa ao Conselho de Segurança e ao Secretário-Geral, exigindo a responsabilização do governo dos Estados Unidos e a adoção de medidas urgentes para impedir uma escalada militar no Caribe, zona declarada pela CELAC em 2014.
A comunidade internacional deve compreender que a impunidade por esses atos terá consequências políticas perigosas que devem ser interrompidas imediatamente.
Caracas, 15 de outubro de 2025″