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Municípios isolados do Acre têm maior vulnerabilidade social, mostra levantamento

Foto: Reprodução
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Um estudo desenvolvido pelo Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre revela que o Vale do Juruá é a região do estado com os maiores índices de vulnerabilidade social. O levantamento, intitulado “Empregos Formais versus Bolsa Família: A vulnerabilidade da economia do Acre”, mostra que, em muitos municípios acreanos, há uma forte dependência de programas assistenciais e baixo número de empregos formais.


Em Marechal Thaumaturgo, por exemplo, havia 49 beneficiários do Bolsa Família para cada trabalhador com carteira assinada em 2022. A cidade é uma das quatro isoladas do estado, com acesso apenas por barco ou avião, e apresenta uma das situações mais críticas de vulnerabilidade.


Outras localidades do Vale do Juruá, como Santa Rosa do Purus, Jordão e Porto Walter, também figuram entre as mais dependentes da assistência governamental. Todas compartilham características semelhantes: isolamento geográfico, economia pouco diversificada e escassez de oportunidades de trabalho formal.

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Ainda, segundo o estudo, a elevada concentração de municípios com alta vulnerabilidade nessa mesorregião exige políticas regionais integradas, capazes de enfrentar os gargalos estruturais e estimular a criação de oportunidades econômicas sustentáveis.


Na outra ponta do ranking está Rio Branco, que aparece como o município menos vulnerável do Acre. Em 2024, o Índice de Vulnerabilidade Municipal (IVM) da capital foi de 0,82, o que significa que há mais empregos formais do que beneficiários do Bolsa Família. A diferença se explica pela maior oferta de postos de trabalho e pela concentração de atividades econômicas na região metropolitana.


Metodologia da pesquisa


O estudo baseia-se em dois indicadores principais, o Índice de Vulnerabilidade Municipal (IVM), que mede a relação entre o número de beneficiários do Bolsa Família e o total de trabalhadores formais em cada município; e o Hiato Sociolaboral que representa a diferença, em pontos percentuais, entre a proporção de beneficiários do Bolsa Família e a de empregados com carteira assinada, evidenciando o descompasso entre dependência assistencial e inserção produtiva.


Esses índices permitem identificar os locais com maior pressão sobre o mercado de trabalho e maior dependência de políticas de transferência de renda.


Para enfrentar o problema, o levantamento sugere a adoção de políticas voltadas ao desenvolvimento econômico regional, incluindo a criação de um Fundo de Desenvolvimento do Vale do Juruá, investimentos em infraestrutura e conectividade, implantação de sistemas de monitoramento e avaliação das políticas públicas, fortalecimento da governança regional e estímulo à geração de emprego e renda.


De acordo com o documento, compreender os fatores que tornam os municípios vulneráveis e planejar estratégias adaptadas às realidades geográficas, culturais e econômicas de cada região é essencial para romper o ciclo da dependência assistencial e promover o desenvolvimento sustentável no Acre.


Com informações da Assessoria


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