Se num eventual encontro entre Trump e Lula deu uma química. Para o Bananinha foi o inverso.
Para os bolsonaristas, à frente o seu filho, Eduardo Bolsonaro, nada pior poderia ter acontecido. Reporto-me ao eventual encontro, de minguados 39 segundos, entre o presidente Donald Trump e o presidente Lula. Quimicamente falando-se, resta-nos esperar no que resultará a sua consequente reação, afinal de contas, um relacionamento que já durava mais de 200 anos não poderia ser rompido sem as devidas motivações.
Quem não deve ter gostado do referido encontro, foi o ainda deputado federal Eduardo Bolsonaro e o seu parceiro, Paulo Figueiredo, já que ambos se consideravam como os primeiros e únicos responsáveis pelas decisões que o presidente Donald Trump havia nos impostos, em particular, os seus injustificáveis tarifaços.
Para os dois, o presidente Lula não dispunha e nem obteria nenhum interlocutor capaz de aproximá-lo do presidente Donald Trump. Por tratar-se de uma aposta de altíssimos riscos, já que entre países não existem amizades, e sim interesses, no curto espaço de tempo, apenas 39 segundo ambos se abraçaram e decidirem que, num futuro próximo, irão se encontrar, e sem a presença de nenhum intermediário.
Com a experiência de quem está no exercício de um 3º mandato, por certo, o presidente Lula não irá se render a algumas exigências que o presidente Donald Trump venha fazer, mas terá a prudência que se fará necessária para que outros encontros aconteçam, até que, os seus ponteiros sejam relativamente ajustados.
Se o distanciamento entre os EUA e o Brasil resultou em prejuízo para ambos, e como a ninguém, sobretudo, aos dois chefes de Estados, se repetirem os mesmos erros obterão os mesmos resultados, outra não deve ter sido a motivação para que ambos, cara a cara, chegarem aos seus desejados denominadores.
Para o presidente Lula, se o seu distanciamento com presidente Donald Trump vinha, de certo modo, lhes incomodando, com vistas a sua reeleição para exercer um inusitado 4º mandato, nada melhor poderia ter acontecido, afinal de contas, os bolsonaristas lhes presentearam, como se diz na gíria, de mão beijada, a bandeira da nossa soberania nacional.
Quanto à dupla, Eduardo Bolsonaro/Paulo Figueiredo, o que terá a fazer caso decidam retornar ao país, se de antemão, terão que prestar contas à nossa justiça pelas suas agressividades contra o nosso PGR-Procurador Geral da República, Paulo Gonet, e a oito dos nossos onze ministros do nosso STF-Supremo Tribunal Federal.
Em relação a disputa presidencial que ocorrerá em 2026, o presidente Lula jamais esperava ser ajudado pela referida dupla.