“Samba do Criolo Doido” é o nome de um samba do grupo musical Demônios da Garoa, cuja letra faz uma sátira musical de fatos da história do Brasil, colocando a Princesa Leopoldina se casando com Tiradentes; com Tiradentes virando Dom Pedro II e a confusão histórica vai em frente no samba. A escolha de candidatos ao Senado, do nome do vice da Mailza Assis, virou dentro do governo uma versão política do samba do criolo doido. A cada declaração as versões se chocam. Numa hora, é o prefeito Tião Bocalom sendo citado como um nome do grupo do Palácio Rio Branco para ser candidato a senador. O Bocalom descarta. Antes, foi o deputado federal Eduardo Veloso (UB), também, mencionado como candidato ao Senado dos donos do poder estadual. Veio o episódio do MDB, no qual a vice-governadora Mailza Assis e a tropa de choque do governo, abrem a porteira para uma candidatura da médica Jéssica Sales (MDB) ao Senado. E agora, aparece o Gladson dando um murro na mesa e declarando que o senador Márcio Bittar (PL), é quem estará na chapa governista para o Senado, na base do Rei sou eu.. E que ele (Gladson) pode até abrir mão de disputar um mandato de senador. Se você não entendeu o enredo desse samba desafinado, nem eu. Mas, faltou colocar uma estrofe no samba: o julgamento do STJ, que pode mudar a configuração do poder e tudo que foi dito até então: absolvendo Gladson ou lhe tornando inelegível. Mas, enquanto isso não se resolver, não vou me admirar se no próximo episódio deste samba mambembe, aparecer de candidato do grupo governista o ex-vereador Cabide, como o nome da turma para senador. E, com o slogan no santinho: Cabide para Senador, já! Alguém duvida? Eu, não!
FENÔMENO ELEITORAL
Você pode não gostar do PT, do governo do Lula, lhe acusar do que quiser, mas, não pode deixar de reconhecer ser ele um fenômeno eleitoral. A pesquisa de hoje(9) do Quaest mostra o Lula ganhando dos demais candidatos à presidência em todos os cenários. No segundo turno, o petista coloca 12 pontos de vantagem sobre Michelle Bolsonaro (PL) – ele tem 46% e ela 34%; e 12 pontos na frente do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas – Lula ficou com 45% e Tarcísio 33%. E os demais candidatos ficam mais distantes. Jair Bolsonaro não será candidato, se encontra inelegível. Não menosprezem quem sabe mexer o doce e se encontra no poder.
INVEJA AOS TRAPALHÕES
O Lula estava no fundo do poço, mas foram tantas as trapalhadas do grupo extremista da direita – como a PEC da Bandidagem e trabalhar para os EUA prejudicar o país – que o Lula saiu do poço e voltou para o jogo com boa chance de reeleição. A burrice política tem seu preço.
NÃO FEDE E NEM CHEIRA
No Acre, o mais votado para a presidência deverá ser um dos candidatos da direita. O Lula deverá emplacar no máximo 30% do eleitorado. Mas, no cômputo geral, os votos do Acre têm peso zero na influência do resultado da eleição presidencial. Bobagem brigar nas redes sociais.
É UMA TOLICE
Por isso, é tolice mirar a boa aceitação do Bolsonaro no Acre e projetar isso como se fosse um pensamento nacional. Nossos votos não enchem uma cuia de tacacá no jogo presidencial. É a mais pura verdade.
NINGUÉM É INGÊNUO
Quem conhece as entranhas do poder sabe que, jamais, os secretários Luiz Calixto e Jonathan Donadoni teriam feito as declarações que deram sobre a chapa majoritária do governo, sem antes conversar com Gladson. Só um ingênuo poderia pensar o contrário.
GRANDE JOGADOR
A fala de ontem do Gladson, que contraria os dois secretários, dizendo que o seu candidato ao Senado na segunda vaga da chapa da Mailza será o Márcio Bittar, não foi algo anormal. Quem conhece os bastidores sabe ser Cameli um jogador, hoje coloca uma carta na mesa, que pode mudar mais adiante. Não quer perder o jogo da eleição de 2026. É isso.
SITUAÇÃO COMPLICADA
Quando o governador Gladson diz que pode abrir mão da sua candidatura de senador em nome da unidade do seu grupo político, não é por fleuma partidária. Sabe ser a situação jurídica no STJ complicada, podendo ficar inelegível. Claro que haverá espaço para recursos no STF. O processo está pronto para ser julgado, falta marcar só a data. E não vai demorar para acontecer o julgamento. Enquanto isso não for resolvido vai continuar o quadro confuso na montagem dos nomes para vice e senador, na chapa de Mailza Assis ao governo. Tudo passa pelo STJ.
NÃO SEI COMO FICARÁ
Depois da declaração de ontem do senador Márcio Bittar (PL) de que apoiar a Mailza para o governo só depende do Gladson, chegaram várias perguntas de leitores, neste tom: Onde entra a candidatura do prefeito Bocalom, neste cenário? Resposta difícil. O senador Márcio é um articulador nato, mas, não sei se ao ponto de brecar uma candidatura de Bocalom a governador. Ambos têm um jantar marcado para hoje (9) à noite, para uma conversa política.
ELE É CANDIDATO
Perguntei ontem a um dos secretários mais próximos do prefeito Tião Bocalom, como ele se situa no novo cenário depois da fala do Gladson, hoje: “Nada mudou na decisão do Bocalom em ser candidato a governador”. Foi a resposta. E nada mais disse e nem lhe foi perguntado.
ARTICULANDO NOS BASTIDORES
O empresário Marcelo Moura se tornou o principal articulador da candidatura do senador Alan Rick (UB) ao governo. Depois de abandonar a candidatura do Bocalom, vem tentando uma aproximação entre Alan e o senador Márcio Bittar (PL).
DE DENTRO PARA FORA
A história está cheia de exemplos que governos ruíram por desavenças internas. O exemplo mais recente no Acre foi o PT brigar entre as suas alas e lançar dois candidatos ao Senado, Jorge Viana e Ney Amorim. Ambos perderam. Essa confusão dentro do governo do Gladson para a montagem da chapa majoritária, pode derrubar a já frágil unidade, como um sopro num castelo de cartas. O senador Alan Rick (UB) e o ex-senador Jorge Viana (PT) devem estar se divertindo e pedindo bis, com o show de amadorismo.
O PODER NÃO É ETERNO
O grupo do governo vem ganhando uma eleição atrás da outra, mas se esquece que cada eleição é diferente da outra, e que o poder não é eterno. Quem dorme no poder pode acordar fora dele. A arrogância não é uma boa companhia, pode levar ao abismo.
MEXE COM O FISCAL
A iniciativa do senador Alan Rick (UB) de tentar derrubar o veto do Lula ao projeto que trata da insegurança militar, e menos desperdício alimentar, é elogiável. Mas, como se trata de algo que mexe na redução da receita do governo federal, será difícil conseguir o intento, depois da perda bilionária do governo com a rejeição da proposta sobre a MP do IOF.
NA CORDA BAMBA
Continuam as apostas abertas se o suplente de deputado federal Fábio Rueda (UB), com uma secretaria no estado e outra no governo, se vai apoiar a governador o Bocalom ou a Mailza. Até aqui ninguém lhe tirou do muro.
TUDO NAS OBRAS
O prefeito Tião Bocalom joga tudo para fechar a inauguração de suas principais obras até janeiro. Se conseguir, não tem quem o segure para impedir que seja candidato a governador. Vai para a disputa por cima de pau e pedra.
REI DO CAFÉ
Um ocupante de alto cargo municipal poderá se tornar em breve o Rei do Café no Juruá. As áreas no Ramal do Badejo e outros ramais, estão sendo preparadas para um plantio gigante.
LEVANDO NA BRINCADEIRA
Estão levando dentro do governo a candidatura do senador Alan Rick (UB) na brincadeira. Em qualquer cenário o Alan será um adversário forte; não é opinião pessoal, converso com pessoas das mais variadas camadas sociais e é o que ouço.
BRIGA NÃO É NOSSA
Perguntei ontem a um importante cabeça branca do MDB, como analisa o cenário mais recente, com a declaração política do governador Gladson Cameli de que a vaga para o Senado está ocupada, e a resposta foi curta: “Essa briga não é nossa”.
QUAL O PROBLEMA?
Vi muitos questionamentos políticos sobre a visita do senador Alan Rick (UB) e a deputada federal Socorro Neri (PP), juntos no DNIT, para brigar pela BR-364. Se tratou de uma ação coletiva e não de aliança política. Tirar fotos juntos, qual é o problema?
FRASE MARCANTE
“As pessoas que falam muito mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades”. Millôr Fernandes.