Os carteiros do Acre não se intimidaram com os recados de repressão dados através da imprensa nacional, pelo ministro das comunicações, Paulo Bernardo, que determinou a suspensão dos contratos de quem não for trabalhar. A expressão “greve não é férias”, utilizado pelo ministro é criticada pelos sindicatos de todo o Brasil.
– Interessante, um partido que se elegeu através da luta dos trabalhadores, mandar recados de repressão a quem luta por melhores salários – comentou a presidente do sindicato dos carteiros no Acre, Suzy Cristine.
Ela classifica como uma atividade de risco para a população, a contratação de temporários feitas em todo o Brasil. No Estado existem 170 carteiros e o sindicato reivindica a contratação de mais 50 profissionais.
Ainda segundo a sindicalista, a Medida Provisória 532, editada pelo governo federal, aumenta a área de atuação dos Correios, mas não possibilita segurança de trabalho aos seus funcionários. Suzy afirmou que os trabalhadores lutam contra a privatização do setor.
O Diretor da instituição, Samuel Nolasco, falou com nossa reportagem hoje pela manhã. Ele garantiu que mantém normal o serviço de sedex e que somente 30% dos carteiros permanecem em greve. Nolasco confirmou a suspensão de contratos de quem está em greve.
– O ministro determinou a todas agências que observassem a lei de greve, ela determina a suspensão dos contratos e no Acre isso será cumprido – disse Nolasco.
O diretor disse ainda que graças ao serviço de mutirão feito nos finais de semana com carteiros do interior, apenas 20 mil correspondências estão acumuladas. Ele garantiu um esforço para regularizar o atendimento.
Jairo Carioca – da redação de ac24horas
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