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A teimosia do Dudu

Eduardo Bolsonaro já se transformou numa casca, de banana para os presidenciáveis oposicionistas.


O deputado federal Eduardo Bolsonaro já é, de longe, o mais eficiente cabo-eleitoral, mas a favor da reeleição do presidente Lula. Faço esta afirmação, não com prazer e nem com desprazer, posto que, sequer comprometi meu voto a favor de nenhum dos candidatos que já se revelaram disposto a participar de tão significativa e importante disputa.


Para o deputado federal Eduardo Bolsonaro o que verdadeiramente lhes interessa e importa é a herança eleitoral do bolsonarismo, e esta, como se fosse uma herança patrimonial, lhes pertence, e por extensão, a qualquer outro que portar o seu sobrenome.


Coincidência ou não, o seu irmão Carlos Bolsonaro, já denominou os governadores da chamada de direita de ratos e que de forma patética e vergonhosa buscam herdar o espólio eleitoral construído pelo seu pai.


Em relação à disputa presidencial de 2026, pelo que já fez e pelo que continua fazendo, o próprio Eduardo Bolsonaro já deu a próxima sucessão presidencial como uma causa perdida, ainda assim, se necessário e possível for, ele porá o seu próprio nome em sacrifício e passará a planejar a sucessão presidencial de 2030.


Para o deputado federal Eduardo Bolsonaro caso alguém que não carregue o sobrenome “Bolsonaro” venha se eleger presidente da República, inclusive o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, se tornará coveiro do próprio bolsonarismo.


No jogo da nossa atividade política, seja como fugitivo ou como refugiado nos EUA, com vistas às eleições de 2026, ao deputado federal Eduardo Bolsonaro só lhes resta o tudo ou o nada, mas como o tudo não acontecerá dada a inelegibilidade do seu pai, até 2030, ele disporá de bastante tempo para legitimar-se herdeiro do bolsonarismo.


Em relação ao próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, o seu silêncio, seja contra ou favor da candidatura Tarcísio de Freitas, àquele que potencialmente poderia derrotar a candidatura Lula, o impede de concorrer à presidência da República e venha optar pela sua reeleição.


De mais a mais, nas palavras do próprio deputado federal Eduardo Bolsonaro se o governador Tarcísio de Freitas, no seu vai e vem, vier disputar à presidência, ele se afastará do PL, seu atual partido e levará consigo, no mínimo, outros 30 deputados federais para se filiarem a outro partido e juntos caminharão juntos e abraçados até as eleições de 2030.


Dado o crescimento da candidatura Lula, Tarcísio de Freitas irá optar pelo que melhor lhes parecer. Para tanto, lembremos a frase-chave do monólogo de Hamlet, “ser ou não ser” escrito por William Shakespeare.


Eis o dilema que o próprio Tarcísio de Freitas enfrentará.