O governador Gladson Cameli (PP) concedeu entrevista ao programa Café com Notícias, na TV5, nesta quinta-feira (2), onde abordou temas ligados a obras de infraestrutura, habitação, meio ambiente, além de questões políticas e eleitorais.
Ponte de Xapuri e obras em andamento
Cameli destacou que a tão aguardada ponte da Sibéria, em Xapuri, será inaugurada em breve.
“Falando de Xapuri, acredito que no máximo em 40 dias estaremos entregando a ponte. Toda a concretagem já foi concluída e agora estamos finalizando as cabeceiras e o acabamento. A população espera por essa obra há mais de 20 anos, e graças ao apoio do governo e da equipe conseguimos concluir”, disse.
Ele também mencionou outras frentes de trabalho:
Obras do viaduto da Getúlio Vargas com a Ceará, em Rio Branco;
Início do Arco Metropolitano, que será uma nova Via Verde, ligando a região da Embrapa/Serra;
Ordem de serviço, prevista para a próxima semana, de quase R$ 40 milhões para reforma e construção de pontes em concreto, tanto em áreas rurais quanto urbanas;
Entrega de cerca de 800 unidades habitacionais em Rio Branco até o fim do ano.
“Eu disse que 2025 seria o ano da execução, e está sendo um ano de muitas entregas. Temos problemas, claro, mas estamos avançando”, afirmou.
Propostas para a COP30
Questionado sobre a participação do Acre na COP30, o governador ressaltou que o evento será uma vitrine para a Amazônia.
“A Amazônia está tendo uma oportunidade. Nós, aqui do Acre, que temos uma política ambiental construída com dedicação há anos, vamos mostrar ao mundo o nosso potencial. É possível ter um agronegócio sustentável, sem derrubar uma árvore. O mundo vai estar de olho na Amazônia”, frisou.
Segundo ele, o foco será a defesa da floresta em pé e do homem do campo. “Não adianta falar em preservação sem dar segurança para quem está no campo. Precisamos avançar na regularização fundiária e fortalecer alternativas como turismo sustentável, capacitação de brigadistas e valorização das comunidades locais.”
Ausência em evento da Apex Brasil
Sobre o encontro realizado recentemente pela Apex Brasil, presidida pelo ex-senador Jorge Viana, seu provável adversário na disputa pelo Senado, Cameli justificou a ausência.
“Recebi o convite às 18h de um dia para o outro. Eu já tinha agenda marcada em entrega de títulos de terra. A vice-governadora estava em Nova York, representando o Acre na Semana do Clima. Infelizmente, não tinha como estar presente. Mas agradeço pelo evento ter sido realizado no Acre, porque quem ganha é a população. O governo está à disposição para fortalecer a economia e atrair investimentos”, declarou.
Relação com a Justiça e eleições de 2026
Sobre o processo que tramita contra ele no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o governador reafirmou confiança.
“Já tentaram me cassar inúmeras vezes. Toda semana falam besteira. Eu confio na Justiça. Se o STJ me cassar, eu recorro ao STF. Estou governando, a aprovação popular é de quase 70% e estou pronto para responder o que for necessário. Mas, se tentarem me derrubar, vão ter que me engolir”, disse, citando a famosa frase do técnico Zagallo.
Quanto às eleições de 2026, Cameli defendeu a união entre os aliados.
“Não tenho dúvida de que haverá uma união entre a senadora Mailza Assis, o prefeito Tião Bocalom e o senador Alan Rick. Caso eu renuncie em abril, Mailza terá o direito de disputar a reeleição. Por que não uma mulher à frente do Palácio Rio Branco? Estamos dialogando, e a decisão não será apenas minha. Vamos discutir em grupo o melhor caminho para sair unidos em 2026. Também acredito na união do União Progressista com o União Brasil”, pontuou.
Cameli ainda deixou claro que Márcio Bittar é hoje seu candidato ao Senado da República. “Hoje, o Márcio Bittar. Hoje estamos em conversa. Tanto que, como eu digo, nós vamos sentar com o próprio prefeito Tião Bocalom, que faz parte do mesmo partido do senador Márcio Bittar, que vai disputar a reeleição, e estamos discutindo isso. Mas que chegue 2026, e nós vamos ter maturidade para apresentar um nome à sociedade que possa disputar a minha sucessão”, declarou.