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Chega, basta

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Na nossa atividade política, lamentavelmente, os aduladores sempre tiveram voz e vez.


Os detentores de poderes que emprestam os seus próprios ouvidos aos aduladores, nunca acabaram e nem acabarão bem, afinal de contas, quem permite que seus ouvidos transformem-se em penicos, não podem reclamar quando os mesmos plenos de porcarias, de “M”.


O oficio dos aduladores, segundo Maquiável, é agradar os príncipes, ou seja, os poderosos que estiverem no poder, e para conseguirem o que buscam, são capazes de tudo, até do impossível.

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Ao se tornar governador do Estado das Minas Gerais, os aliados do governador Benedito Valadares davam por certo que os bajuladores não teriam voz e nem vez, em particular, no Palácio da Liberdade e em nenhuma das suas posições privilegiadas. Sequer conseguiriam subir as escadas do seu palácio, afinal de contas, o próprio Benedito Valadares havia sido uma das vítimas dos ditos cujos.


Conta-se que o mais íntimo de seus amigos, nos primeiros meses de sua gestão, sequer o havia encontrado, justamente, para não ser acusado de está dando palpites na gestão do seu “amigo Bené”.


Entretanto, ao tomar conhecimento que os mesmos bajuladores,   que por vários e seguidos anos, haviam emprestado seus serviços a todos os ex-governadores, se é que a bajulação pudesse ser considerada como um serviço público a ser preservado, ao tomar conhecimento que o próprio “Palácio da Liberdade” já havia acolhido boa parte deles, o “amigão do Bené” decidiu cientificar-se se tal coisa.


Em chagando no Palácio dá Liberdade e para aumentar a sua indignação, começou a enfrentar diversos incômodos, entre eles, o de ter que se identificar e a declarar quem iria recebê-lo. Mesmo assim, ele conseguiu chegar até à anti-sala do próprio governador e para sua desagradável surpresa, deu de cara com os mais notórios bajuladores, os mesmíssimos que no passado, muito o havia massacrado.


Bastante indignado com o tratamento que havia recebido dos próprios bajuladores, o “amigão do Bené”, deu um baita chute na porta do gabinete em que o governador Benedito Valadares se encontrava, e em seguida bradou: “Bené, nos nossos vários encontros você sempre reafirmava que se um dia se tornasse governador das nossas Minas Gerais nenhum desses bajuladores subiria as suas escadas deste palácio, por que ora os vejo reunidos na sua própria anti-sala?


Resposta do governador Benedito Valadares e para satisfação dos próprios bajuladores: “eles são tão bonzinhos e tanto tem me agradado que me senti obrigado de prazê-los para bem pertinho de mim.Dessa praga, bem disse Maquiável: “nem os príncipes se livram”.