Voltei, após breve ausência para descanso. A idade pede. Estamos de volta. No curto período que estive com o BLOG sem atualizar, deu para ver a inusitada movimentação da vice-governadora Mailza Assis, visitando secretários e espaços populares, na busca de tornar a sua figura mais conhecida e procurar melhorar nas pesquisas, onde patina e não decola dos 4% de popularidade. Não vá se admirar, se ela passar a frequentar até torneio de dominó, briga de galos ou terreiro de candomblé. Não seria surpresa. Depois de como evangélica carola radical que é, ter participado até da procissão de São Sebastião, nada que vier daqui para frente será novidade. Uma coisa é certa: está fazendo todos estes movimentos com o aval do governador Gladson Cameli. Essa candidatura da Mailza tem que crescer ou será abandonada até pelos aliados próximos e trocada por um nome que apareça no jogo como favorito. O dilema da Mailza são os votos. Nunca foi votada diretamente. Foi senadora e vice-governadora atrelada nas chapas do Gladson. Agora será ela que será votada para o governo, onde o buraco é mais embaixo. Mas fique certa de uma coisa: a máquina do governo que hoje lhe acena será a mesma que lhe dará adeus se não subir nas pesquisas que acontecerão bem mais adiante. Alea jacta est.
SITUAÇÃO DO SENADO
Vamos deixar de churumelas. A situação do Senado, em 2026, é a seguinte: se Gladson Cameli for absolvido na Ptolomeu (prestes a ser julgada), uma das duas vagas de senador é dele. Se for condenado e tornar-se inelegível, o jogo embola entre os demais candidatos. Nenhum cenário para o Senado de 2026 pode deixar de fora essa equação.
NÃO SEJA INGÊNUO
Uma coisa o governador Gladson pode ter certeza: todos os candidatos já declarados ao Senado e os que estão em cima do muro (inclusive os aliados) torcem pela sua inelegibilidade, porque com ele fora do jogo fica mais fácil de se elegerem.
NÃO APRENDEU
Com tanto anos de radialista – sua figura se confunde com a Rádio Difusora Acreana – o Raimundo Fernandes, que pegou uma rasteira na direção da emissora, onde tem mais de 30 anos de casa, não aprendeu a simples lição: a política, a gestão pública, é permeada de traições. Desta feita nem a farofa de conserva com banana oferecida ao governador Gladson o salvou da degola. Acho injusto, mas nenhuma novidade: Fernandes nunca foi visto com simpatia pelos que comandam a ASSECOM do governo. Espera-se que o novo diretor Jefferson Dourado, moço competente, consiga resolver a imoralidade salarial na Difusora, onde figuras com 30 anos de casa não estão no quadro do governo e recebem uma miséria de salário.
MEIAS VERDADES
Que o deputado federal Eduardo Veloso (UB) esteve no ministério da Cidade reivindicando recursos para moradias populares nos municípios, é uma verdade. Mas não é verdade que por causa da sua ação o milagre vai acontecer. Estas casas não passam de um programa do governo federal do Minha Casa, Minha Vida, anunciado várias vezes pelo Lula. Então, não tem outro pai para este filho. Nada impede de Veloso ter feito o pedido; mas não é por sua força política, que o programa vai acontecer.
MAIS DESTACADO
O vereador Eber Machado (MDB) é sem dúvida o mais destacado da oposição ao prefeito Tião Bocalom, porque não se limita aos discursos, adota medidas práticas, como a ação judicial que derrubou o reajuste de 100% aos secretários e ao prefeito Bocalom. Está abrindo bem seu caminho para a ALEAC. A dúvida é saber se resistirá aos movimentos da PMRB para lhe cooptar, que virão, sem dúvida.
TRAZENDO PARA A RIBALTA
O secretário que faz a articulação política do governo, Luiz Calixto, não erra ao fazer a defesa intransigente da gestão que integra. Mas erra ao abrir um debate para tirar o Jorge Viana da coxia para o palco do teatro. Porque de uma forma ou de outra coloca o JV na ribalta, naquela de falem mal, mas falem de mim. Não política só não vale ser esquecido. O JV deve estar agradecendo.
TOCOU NA FERIDA
Grosseira a nota do sindicato dos médicos contra o secretário de Saúde, Pedro Pascoal. Poderiam ter dito tudo o que foi dito de forma civilizada. Sem entrar no mérito da terceirização. O Pedro falou uma coisa certa: não é bom para o sistema que as nomeações de diretores de hospitais sejam indicados pelo critério político dos prefeitos. Concordo. Quando se mistura Saúde e política na gestão pública, vira uma merda.
PRATO NA GELADEIRA
Que o Cesário Braga não é visto com simpatia pelo Jorge Viana, é uma verdade. JV debita em parte ao Cesário e ao seu grupo no PT, a candidatura maluca do Ney Amorim ao Senado; com que fez com que o Ney e ele morressem abraçados. Para fechar: O Cesário Braga só não foi superintendente do INCRA, porque o Jorge Viana não deixou. Vingança é um prato que se deixa na geladeira.
NADA DE NOVO
Tudo que Trump está fazendo, barbaridades ou não, estava no seu programa de governo. Os americanos votaram nele sabendo disso. Não enganou ninguém. Agora, soa como piada a turma bolsonarista pensar que a sua posse tenha o condão de tornar o Bolsonaro elegível. Isso é tão verdadeiro como serei convocado para o gol da seleção brasileira de futebol.
UMA OPINIÃO
O Luiz Calixto pela sua garra em fazer a defesa do governo, exercendo o papel de secretário de Comunicação Social; o secretário Pedro Pascoal – por ter moralizado a SESACRE; e o secretário Aberson Carvalho, por ser quem mais entrega pautas positivas ao governo, são ao meu ver os principais destaques da gestão do Gladson.
CONVERSA DE BASTIDORES
O BLOG tem informação mais do que segura que o governador Gladson Cameli e o senador Alan Rick (UB), já conversaram sobre a sucessão em 2026. As paredes costumam ter ouvidos. E foi uma longa conversa.
MEUS RECURSOS, UMA JOÇA!
Vez por outra se lê que este ou aquele deputado federal ou senador está destinando recursos para os municípios, como se fosse grana conquistada por eles. São apenas distribuidores de recursos federais carimbados em forma de emendas parlamentares. Quem assim age, atira com a pólvora alheia.
DISCURSO DE POSSE
O secretário municipal de Saúde, Renan Biths, para se projetar teria que acabar com as filas nas unidades de saúde do município. Mas, pelo visto, a triste cena de pessoas chegarem na noite anterior para conseguirem uma ficha de consulta no próximo dia, continua. E mais uma vez ficará o dito pelo não dito. Continua o velho arroz com feijão.
FILME QUE JÁ VI
Um amigo que esteve em recente ato de formatura no Colégio Militar de Rio Branco, contou que ficou impressionado com o carisma do governador Gladson, com quem todos queriam tirar uma foto. Este tipo de carisma eu assisti quando o Jorge Viana foi prefeito de Rio Branco e depois governador. Para mim é um filme de final conhecido. Hoje, o JV chega num local público e já não é recebido com festa. Assim é a política.
PORTEIRA FECHADA
Decisão tomada pela executiva regional do MDB: não vai abrir a porteira para nenhum vereador ganhar liberação. E o que não seguir a cartilha de oposição ao prefeito Bocalom, poderá ser acionado na justiça por infidelidade partidária. E tem que ser assim, ou vira bagunça.
BEM MAIS LEVE
A frase, ouvi de um vereador da base do prefeito Tião Bocalom, ao comentar sobre os dias em que o Alysson Bestene ficou à frente da PMRB: “Trabalhar com o Alysson deixa o clima mais leve na prefeitura”.
NUNCA TINHA VISTO
Vez por outro aparece um ministro do Lula ao Acre para se congratular com adversários do PT no estado. Agora está vindo uma ministra para mais uma festa bolsonarista com a vice-governadora Mailza (bolsonarista radical), o prefeito Zequinha e companhia limitada. E o PT chupando o dedo.
SONHO POLÍTICO
O sonho político da deputada federal Socorro Neri (PP) é fazer uma dobradinha em 2026 com o governador Gladson Cameli (PP) para o Senado. Nada é impossível.
ÚNICO DESTAQUE
A limpeza da cidade – que começou com o Joabe Lira – e continua com seu sucessor, foi o único destaque do primeiro mandato do Bocalom. Nunca as áreas públicas estiveram tão bem cuidadas como na gestão do Bocalom, mesmo porque Araruta tem seu dia de mingau.
AMÉM E SIM SENHOR
Pois é, o governador Gladson Cameli, contou um vereador, chamou a bancada do seu partido na Câmara Municipal de Rio Branco, e bateu o martelo: – E para dizerem amém e sim senhor ao prefeito Bocalom.
CONSTRUIU SEU ISOLAMENTO
O prefeito Mazinho Serafim terá uma carga grande de ataques do seu sucessor à sua gestão, inclusive, com ações na justiça. Sem ninguém para lhe defender na mídia. O Mazinho não construiu aliados, pensava que não perdia a eleição; e hoje está completamente isolado. Vem tempestade a caminho.
COMO FICA?
A vereadora Elzinha Mendonça (PP) foi oposição ao Bocalom no primeiro mandato: continuará com a mesma posição no novo mandato ou vai afinar aos encantos do poder? Pergunta que não quer calar.
FRASE MARCANTE
“Falar é bom e calar é melhor, mas ambos são desagradáveis quando levados ao exagero”. La Fontaine