Conforme a Fecomércio de São Paulo, autora da pesquisa, a principal explicação para esse fenômeno é geográfica, já que houve aumento populacional desses centros urbanos nos últimos anos, crescendo, também, a quantidade de lares. Assim, embora a proporção de casas endividadas tenha se mantido estável, a elevação do número de famílias impactou a quantidade de gente endividada nesses locais.
Na visão da entidade, quanto maior o número de famílias convivendo com dívidas, mais caro fica o crédito no mercado, elevando, como consequência, o risco de inadimplência, principalmente em um cenário de juros altos ou inflação pressionando o consumo.
Em Rio Branco, conforme a pesquisa, o número absoluto de famílias endividadas saltou de 70,4 mil famílias em 2023 para 82,5 este ano. No entanto, o número é menor do que o registrado no ano de 2022, quando o índice foi de 84,7 mil famílias.
Já em relação à inadimplência, a taxa de inadimplência familiar também aumento em relação ao ano passado, e chega a 77% em 2024 na capital acreana.
Há, ainda, variações importantes entre as cidades que exigem interpretações localizadas dessa conjuntura. Em São Paulo, onde há o maior número absoluto de famílias endividadas (2,88 milhões, segundo os dados), a explicação está no crescimento populacional. É o mesmo caso no Rio de Janeiro, com 2,02 milhões de famílias nessa situação, ou no Distrito Federal, onde essa quantidade é de 765,8 mil lares.
A entidade afirma que nos locais onde houve aumento de endividamento e inadimplência, é essencial que as autoridades promovam educação financeira e que as famílias controlem melhor o uso de crédito no orçamento.