Os policiais militares Antônio de Jesus Batista, Alan Melo Martins, Josemar Barbosa de Farias, Wladimir Soares da Costa e Raimundo de Souza Costa serão julgados pela morte de Maria Cauane, de 11 anos, além de Gleiton Silva Borges e Edmilson Fernandes da Silva Sales, durante uma operação no bairro Preventório, em Rio Branco. O júri popular está agendado para o dia 4 de dezembro, às 8h, na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco, no Fórum Criminal da Cidade da Justiça.
Conforme informações do G1-AC, Josemar de Farias, que era tenente do Batalhão de Operações Especiais (Bope), já havia sido condenado em 2021 por integrar uma organização criminosa, com perda da função pública. Contudo, como a decisão não transitou em julgado, ele permanece no quadro da Polícia Militar do Acre (PM-AC). Em 2022, foi absolvido das acusações de peculato, corrupção passiva e prevaricação. Atualmente na reserva, Farias foi promovido ao cargo de capitão da corporação.
O processo conta com a intimação de 47 testemunhas, sendo 29 de acusação e 18 de defesa. Os acusados aguardam o julgamento em liberdade.
Entenda o caso
Maria Cauane, de apenas 11 anos, Gleiton Silva Borges e Edmilson Fernandes da Silva Sales foram mortos durante uma ação do Bope em maio de 2018. À época, o comando do batalhão alegou que a menina já estava ferida quando a equipe chegou ao local.
O caso gerou grande repercussão e levantou discussões sobre a conduta de forças policiais durante operações em áreas urbanas. A realização do júri popular será acompanhada com atenção pela sociedade e organizações de direitos humanos.