Pelo menos quatro pacientes acreanos ganharam a esperança de uma vida renovada no último final de semana. Eles passaram por transplantes rins na Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre) sob a liderança do cirurgião chefe de transplante, Dr. Etore Andrade, que contou com apoio da equipe multiprofissional de 30 profissionais, sendo 10 deles diretamente envolvidos nas cirurgias.
Os pacientes contemplados com o transplantes são dois homens de 51 e 33 anos, naturais de Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul, e outras duas mulheres, de 31 e 30 anos, naturais de Rio Branco e Assis Brasil.
O Programa de Transplantes é uma política pública consistente do governo do Estado, desde o ano de 2006, que vem sendo valorizada na gestão atual. Mais de 500 procedimentos cirúrgicos de transplantes variados foram realizados desde então. O governador Gladson Cameli travou uma batalha para retomar os transplantes, porque desde a pandemia de covid-19 não estava sendo realizado o transplante renal. Em maio deste ano, o Ministério da Saúde autorizou novamente o Estado realizar os transplantes renais e desde então, a equipe de transplantes aguardava por doadores compatíveis, o que só aconteceu nos últimos dias.
A responsável técnica pelos transplantes da Fundação foi a médica nefrologista Jarinne Nasserala, que enalteceu a realização do trabalho. “A gente está muito feliz com a concretização do nosso trabalho, que é um trabalho de equipe, e graças a Deus, com o apoio do governo do Estado, apoio da Fundhacre, da Sesacre, e do governo do Estado, a gente está conseguindo realizar esse sonho”, disse.
Já a diretora-presidente da Fundhacre, Sóron Steiner, enfatizou que a Unidade Hospitalar está estruturada para executar cirurgias complexas. “A Fundhacre está preparada e bem estruturada para executar cirurgias complexas, bem como múltiplas cirurgias simultâneas e a prova disso está no fato de terem ocorrido três transplantes quase que, ao mesmo tempo, envolvendo cerca de 10 profissionais nas operações. Nos alegra muito que cada paciente tenha uma nova oportunidade de vida, e agradeço não só aos profissionais envolvidos, como também aos familiares que, mesmo diante da dor da perda, fizeram este gesto de tamanha generosidade e optaram pela doação”, pontuou.
“É um avanço para o Estado do Acre retomar essa parte de transplantes renais, porque isso acaba diminuindo a fila dos pacientes que fazem sessões de hemodiálise. O Acre já é referência em transplante hepático. Recentemente renovamos a habilitação do transplante de córnea, habilitamos novamente o transplante renal, ou seja, o Ministério da Saúde reconhece o Acre como um dos estados transplantadores, é o estado que faz transplante renal, e estamos na fase de aprovação para o transplante de tecido ósseo. Somos um dos estados da região norte está se tornando uma referência em transplante de órgãos e tecidos”, frisou o secretário de saúde, Pedro Pascoal.