Famílias que se instalaram no hall de entrada da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), em Rio Branco, desde a noite de domingo (25), disseram ao ac24horas nesta manhã que sairão do local mediante aluguel social, desde que recebam a garantia de serem contemplados no futuro por programas de habitação. Eles ficaram sem ter onde morar depois do cumprimento de mandado de reintegração de posse numa área de aproximadamente 13 hectares no bairro São Francisco, na manhã de quinta-feira (21).
De acordo com Josimar Paiva, de 37 anos, vigilante, não houve qualquer auxílio de assistentes sociais para cadastramento em aluguel social. “Tem pessoas que estavam lá há mais de 5 anos, não teve ninguém de assistência social, esperei na quinta-feira [data da reintegração] até 16 horas e me mandaram ir pra casa de família, porque não tinha aluguel social, nem apareceram. Na sexta-feira (22) quando fui tirar minhas coisas, me deram prazo de até 10h para tirar minhas madeiras, mas não tinha como desmontar uma casa sozinho nesse tempo”, afirmou.
Francisca Silva, de 33 anos, está na ALEAC com a filha Jorgeane, de 5 anos. “Ela está perdendo aula e eu perdendo o curso de análises clínicas que faço, porque tiraram a gente de lá sem oferecer qualquer teto para ficarmos. Eu aceitaria um aluguel social, mas desde que haja uma garantia de que teremos nossa casa no futuro”, disse.
O deputado estadual Tanízio Sá (MDB) disse ao ac24horas que comunicou o secretário de governo Luiz Calixto, que já estaria providenciando o atendimento da assistência social no local.