A Operação Mute desencadeada nesta quinta-feira, 21, pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), no Complexo Penitenciário de Cruzeiro do Sul, as forças de segurança do Estado e do governo federal encontraram armas artesanais e bilhetes. Nenhum telefone celular foi apreendido.
Ciro Maisonet, policial penal federal, destaca que o objetivo é o combate intramuros e extramuros, em relação à apreensão de drogas e qualquer meio de comunicação externa.
“A gente conseguiu realizar apreensões de armas artesanais, mas não foi encontrado nenhum aparelho telefônico, armamento mais pesado como revólver, mas a gente encontrou armamentos artesanais e bilhetes, algumas comunicações que a gente pode tratar essas informações. Evitar que crimes sejam realizados fora do presídio”, destacou.
A ação é realizada simultaneamente em todos os Estados pela Secretaria Nacional de Segurança Pública com apoio dos Institutos penitenciários e das forças de segurança.
“Estamos na sexta fase da operação Mute, realizada nas 27 unidades federativas capitaneadas pela Senappen, pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, através da DEPEM, da Diretoria de Inteligência. Nosso objetivo é que ela seja feita sempre no mesmo dia para que a gente consiga evitar que seja avisado qualquer coisa do tipo e para ter mais efetividade”, pontuou.
“O principal escopo da operação é a apreensão de telefones celulares. Acreditamos que o uso desse dispositivo no complexo penitenciário influi no aumento da violência. Realizamos uma avaliação estrutural do complexo da penitenciária de Cruzeiro do Sul. Tivemos o apoio do Gefron, do efetivo das especializadas tanto da cidade de Cruzeiro do Sul como o efetivo que foi deslocado de Rio Branco. Foi realizada uma avaliação estrutural do pavilhão e das celas, além da retirada dos excessos de materiais no interior de cada bloco de convivência”, citou o presidente do Instituto de Administração Penitenciária – Iapen do Acre, Marcos Frank.
Presídio sem muros
O Complexo Penitenciário de Cruzeiro do Sul não tem muros. O diretor do Iapen alega falta de recursos. “Existe um projeto em andamento no que diz respeito à execução dessa melhoria. É claro que esbarramos em uma dificuldade orçamentária. No entanto, tem sido realizado um esforço por parte da gestão de executar essa melhoria”, relatou.
