A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) completou 100 dias nessa quarta-feira, 23. O movimento, iniciado em 16 de julho, busca a melhoria das condições de trabalho e da prestação dos serviços de Previdência Social à população, segundo a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (FENASPS).
O analista do Seguro Social, Etenne Hugo do INSS no Acre, contou em entrevista ao ac24horas, algumas das principais reivindicações como, por exemplo: a exigência de Nível Superior para os novos Técnicos do Seguro Social, a criação de uma Carreira Finalística, o Adicional de Qualificação e a incorporação das gratificações ao salário base, que atualmente, no caso dos técnicos, é inferior ao salário mínimo.
De acordo com a FENASPS, o sucateamento do INSS tem dificultado o acesso a benefícios fundamentais, como aposentadorias, pensões e auxílios-doença, impactando diretamente milhares de famílias brasileiras. “A greve é uma manifestação dos servidores por melhores condições de trabalho, reajustes salariais e investimentos na estrutura de atendimento, que há anos enfrenta sobrecarga. Embora as demandas tenham sido apresentadas ao governo, até agora não houve acordo”, ressalta a nota da entidade sindical.
A categoria também critica a falta de disposição do Governo Federal em negociar, afirmando que essa postura prejudica especialmente as camadas mais vulneráveis da população, que já enfrentam dificuldades para garantir seus direitos. “A FENASPS reforça que o Governo Federal precisa abrir canais de negociação de forma transparente e rápida, colocando o interesse público como prioridade”, conclui o comunicado.