Por Marcello Moura
No momento em que iniciam as discussões sobre a Lei Orçamentária Anual – LOA, tanto do Estado como do Município, precisamos refletir e, de alguma forma, assegurar um bom volume de recursos para investimentos em 2025.
O prefeito Tião Bocalom, antes mesmo de sua reeleição, já anunciava os bons números de obras contratadas para o próximo ano, algo em torno de R$ 800 milhões.
Os números de investimentos do governo estadual ainda não são precisos, mas esperamos que sejam maiores que os de 2024, de modo que impulsionem a nossa economia, combalida pelas múltiplas crises que nos acompanham há vários anos.
Nossa economia ainda é mantida pelo consumo dos funcionários públicos – a famosa economia do contracheque – e também pelos mais de 25 mil produtores rurais, que dão sua parcela de contribuição no comércio local.
É de fundamental importância que as gestões estadual e municipal façam esforços para incrementar recursos em obras públicas de infraestrutura, construção de moradias, entre outras.
Com a realização de obras, teremos um impulsionamento na contratação de mão de obra pelas construtoras, que, aliada à aquisição de insumos no comércio local, se concretizará em uma ferramenta anticíclica fundamental para aquecer nossa economia.
O Marco Civil do Saneamento criou um ambiente favorável para as concessões do serviço de água e esgoto. Essa é, sem dúvida, ótima oportunidade para acelerar a oferta desses serviços à nossa população.
Hoje temos um sistema de saneamento público deficitário, com um furo orçamentário grande, dragando recursos importantes para o Município, seja para investimentos em obras, ou melhoria de vários outros serviços. Investir em déficit não deve ser política de longo prazo, pois, em algum momento do futuro, poderemos não ter sobra orçamentária para tal.
Nós teríamos que esperar mais 50 anos para ter acesso universal aos serviços de saneamento. Conforme estudo feito pelo Instituto Trata Brasil, hoje 47% da população tem acesso à água e 17% a esgoto. Um número muito aquém da nossa expectativa e necessidade.
Impulsionar os investimentos é, sem dúvida, uma alternativa viável para gerar emprego, renda e oportunidade.
Que 2025 seja um ano de investimentos!
*Marcello Moura é presidente da Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre – Acisa