Em entrevista ao Pôdicast comandado pelo publicitário David Sento-Se, os vereadores eleitos André Kamai e Bruno Moraes, PT e PP, conversaram nesta semana sobre uma ampla variedade de temas que vai desde políticas públicas, eleições, religião na política e até sobre as questões das mudanças climáticas e a necessidade de ações efetivas por parte do governo.
Eleito pelo PT, o sociólogo André Kamai começou enfatizando a incongruência entre os discursos políticos e a realidade enfrentada pelos cidadãos. “Estamos sentindo muito isso aqui, não é de hoje. Tivemos enchentes gravíssimas, agora estamos lidando com fumaça e calor excessivo. E, neste início de outubro, as chuvas estão intensas. Não temos clareza do que vem pela frente”, observou Kamai.
Ele destacou que eventos extremos, como as enchentes que atingiram diversas localidades, não são mais raridades, mas sim uma nova realidade. “Em cinco anos, ocorreram três grandes enchentes, algo que costumava acontecer a cada 20 anos. Esse é um assunto que precisamos tratar com muita seriedade. O governo federal, sob a liderança do presidente Lula, tem um plano nacional de enfrentamento às mudanças climáticas, mas é vital que a prefeitura também olhe para isso e implemente medidas concretas”, defendeu.
O vereador Bruno Moraes comentou sobre a aparente falta de efetividade em muitos planos e projetos. “A sensação é de que sempre há um discurso sem a devida ação prática.É preciso ter cuidado para que a frustração da população não leve a reações extremas, que podem ser perigosas”, concluiu.
Ao falar de religião, Bruno Moraes compartilhou suas reflexões sobre a relação entre religião e política, afirmando que, para ele, a religião nunca foi uma ferramenta a ser utilizada para fins políticos. “Nunca foi ferramenta. Sabe, porque eu sempre aprendi que você colhe o que planta na vida. Não gosto também dessa mistura. De fato, precisa ter, porque tem ações e ajuda muito a política, mas eu acho que essa”, destacou. .
André Kamai, que se declarou opositor desde sua eleição, reafirmou sua lealdade aos eleitores que confiaram em seu projeto. “Eu fui eleito na oposição. O papel da oposição é fazer dar certo, não é fazer dar errado. Eu sempre digo isso, as pessoas, ah, mas isso, a história da oposição responsável, né? Quando eu falo oposição responsável, não estou dizendo que vai fazer uma oposição frouxa, ou sem pegada, não é isso, não”, disse.
Bruno Moraes, por sua vez, comentou sobre sua trajetória dentro do partido e a relevância da representatividade política. “Fui eleito já no outro campo, eu sou do PP, que por sinal saiu muito bem nesse processo. Acredito que a política e, principalmente, a representatividade precisam ser resolutivas”, salientou.
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