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Mãe de jovem procura delegacias e ouve “não é competência nossa”

Mayara da Silva, mãe, à esquerda, e Maysa da Silva, filha, à direita I Arquivo pessoal/cedida
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Mayara da Silva, mãe de Maysa da Silva Gega, de 15 anos, que desapareceu na última quinta-feira (10) após ir se encontrar com o ex-namorado de 20 anos, procurou a Delegacia Regional da 4ª Regional, no Tucumã, em Rio Branco, na manhã desta terça-feira (15), para tentar que a Polícia Civil tomasse providências para encontrar sua filha, mas segundo ela, ouviu da autoridade policial que o caso está arquivado e não poderia ajudar.


Em dias anteriores, a mãe disse que já procurou a Delegacia de Flagrantes (DEFLA), Delegacia da Mulher e Conselho Tutelar, mas em todos os locais as autoridades teriam se afastado da competência para apurar o caso. A Polícia Civil diz que não investiga o caso porque a adolescente teria escolhido viver maritalmente com o ex-namorado.


Entenda o caso: Mutilações, pressão psicológica e polícia: Jovem e ex-namorada desaparecem

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A família de Maysa e de Ayke Marinho, de 20, procuram pelo casal desde a última quinta-feira (10), quando Ayke saiu de casa para deixá-la em casa depois que a adolescente, descontente com a proibição da relação por parte de sua mãe, deixou sua casa, mas não foram mais vistos. Embora Maysa tenha deixado sua casa voluntariamente, a mãe da menina teme que a demora em receber notícias tenha relação com supostos abusos psicológicos já vistos anteriormente.


“Ele surtava dentro de casa, queria bater em pai, mãe. Ele importunava ela, ia na escola. Um dos últimos áudios que ele mandou pra mim dizia que eu ia me arrepender muito do que estava fazendo com ele. Eu não eximo minha filha de culpa, mas ele é adulto e tem responsabilidade”, disse Mayara.


Foto: Maysa da Silva Gega, de 15 anos – Arquivo pessoal/cedida

Em uma nova tentativa de fazer o caso andar, na Delegacia Regional da 4ª Regional, Mayara diz que foi avisada que o caso está arquivado e que não há nada que possa ser feito. “Eles falam que sentem muito pelo acontecido, tentam encontrar justificativa, mas ficamos a mercê dessa normalização da situação. Sinto falta de um zelo. Se eu recorri a eles, é porque não tenho mais saída, tenho tentado de tudo, todos os meios, mas estou sendo jogada de um lado pro outro. Me sinto lesada como mãe, porque ela é uma menor, tudo o que ela faz eu que sou a responsável. Às vezes eles esperam acontecer algo grave para agir, em vez de se antecipar a situações evitáveis”, afirmou.


O ac24horas fez contato com a assessoria da Polícia Civil, que explicou que a instituição não atua no caso porque Maysa decidiu viver maritalmente com Ayke e é maior de 14 anos; e disse ainda que sugeriu à mãe da adolescente a procurar o Ministério Público do Acre para que sejam tomadas as providências que forem necessárias. A reportagem perguntou então se os supostos abusos psicológicos – narrados por Mayara – feitos à Maysa não embasariam uma investigação, mas a assessoria respondeu que não há nenhum registro de boletim de ocorrência confeccionado pela suposta vítima que dê motivo a atuação policial.


Caso alguém tenha notícias de Maysa, entrar em contato com Mayara pelo número (68) 99248-9719. O pai de Ayke também pede ajuda para encontrar o filho. Quem tiver informações do rapaz, entre em contato com Mário pelo número (68) 99998-2325, apenas via WhatsApp.


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