As eleições para a nova presidência do Sindicato dos Farmacêuticos do Acre (Sidifac) deveriam ter ocorrido nesta segunda-feira (14). Ocorre que o pleito se tornou mais uma grande polêmica na categoria e não deve ser realizado na data prevista.
Uma única chapa foi inscrita para disputar a eleição, tendo como candidato à presidência o farmacêutico Felipe Lora. Neste caso, o parágrafo único do Artigo 3º do regimento da entidade diz que “se houver chapa única, ou casa haja apenas uma chapa regularmente inscrita e devidamente constituída para disputar o pleito, o resultado das eleições dar-se-á por ACLAMAÇÃO, ficando assim dispensados os demais procedimentos, previstos nas Secções subsequentes, e a posse dos membros da Diretoria do Conselho Fiscal e os respectivos suplentes do SIDIFAC, ocorrerá em sessão solene na data seguinte ao término do mandato da administração anterior”.
Ocorre que o link de votação, que deveria chegar para os farmacêuticos, não aconteceu. A outra forma, seria a realização de uma assembleia geral para aclamar a única chapa na disputa. O presidente da Comissão Eleitoral, João Pedro Caldin teria “sumido” e não dado respostas sobre o processo de votação. “Hoje é um dia muito importante para a classe farmacêutica, a gente escolher a nova chapa. O que ocorre é que simplesmente, a comissão organizadora do pleito eleitoral sumiu. Nós respeitamos todo o processo eleitoral, tudo o que solicita o edital fizemos à risca, escrevemos a nossa chapa e a gente hoje infelizmente não consegue votar, a gente não teve nenhuma explicação até então. O que sabemos que não se pode mudar a data de eleições, isso é uma causa pétrea da Constituição Federal, isso é a democracia e ela precisa ser exercida”, afirma o farmacêutico Bruno Araújo, candidato a vice-presidente da chapa.
A reportagem entrou em contato com João Pedro Caldin, presidente da Comissão Eleitoral. Ele confirmou que a eleição não deve ocorrer mais nesta segunda-feira. Conforme o mesmo, a atual comissão fez um regimento eleitoral, mas como já existia um documento anterior, está havendo “conflito”. “Nós, da Comissão Eleitoral, a gente tinha feito o nosso regimento eleitoral, certo? Só que tinha já antes um regimento eleitoral que foi feito pela antiga diretoria do SIDIFAC, só que era um regimento um pouco mais antigo. E o nosso regimento entrou em conflito com o regimento eleitoral antigo, entendeu? A gente está resolvendo com um advogado do próprio sindicato”, disse.
Questionado o motivo do Sidicaf mesmo contando com um advogado, já tendo um regimento eleitoral, qual a necessidade de criar um outro documento, João Pedro, tentou explicar. “Nós, integrantes da Comissão Eleitoral, somos bem leigos nesse assunto. Está sendo a primeira vez que a gente tá fazendo esse tipo de coisa, participando dessa Comissão Eleitoral e a gente achava que poderia fazer um regimento eleitoral também. Estamos esperando o retorno da orientação do advogado para a gente poder resolver essa situação da melhor maneira possível”, afirmou o presidente da Comissão Eleitoral.